
Foi internado, no Hospital Espírita de Porto Alegre, o sargento da Brigada Militar que efetuou disparos de pistola a esmo no bairro Rio Branco, na última sexta-feira. Ele está acompanhado de sua mãe e irmão, em tratamento psiquiátrico. Não há previsão de alta.
Na data dos fatos, o sargento estava de folga, em um bar no entorno das ruas Miguel Tostes e Cabral. Ali, sem motivo aparente, sacou uma pistola e desferiu tiros para o alto, gerando pânico e correria na região. Acabou contido por outros PMs que atendiam a ocorrência, tendo sua arma recolhida. Depois, em estado de transtorno mental, recebeu socorro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ninguém ficou ferido.
O comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel Fábio Schmitt, pontuou que o sargento já estava em tratamento psicológico antes desse episódio. Seus problemas seriam de foro íntimo, sem relação com o trabalho. Em junho, chegou a ser afastado do 19º BPM, onde estava lotado.
“É uma situação bastante delicada. Porém, ao contrário de algumas especulações e boatos, vale destacar que não há qualquer relação do ocorrido com excessos na escala de trabalho ou com seus superiores. Trata-se de uma questão exclusivamente de ordem pessoal, e que já o aflige faz tempo. Ele está bem agora, acompanhado por seus familiares e em tratamento”, afirmou o comandante do CPC.
Segundo a Polícia Civil, que investiga a situação, não é descartado que a mistura de álcool com medicamentos tarja-preta, que o sargento já consumia por indicação médica, possa ter sido gatilho de surto psicótico. Um Inquérito Policial Militar (IPM) também apura as circunstâncias do caso.
Leia a nota da BM
A Brigada Militar atendeu uma ocorrência de disparos em via pública envolvendo um policial militar em situação de crise emocional. No local, a arma de fogo foi apreendida de forma segura, não havendo registro de feridos. O fato foi devidamente registrado por meio de uma Comunicação de Ocorrência Policial (COP). O SAMU prestou atendimento no local e realizou o encaminhamento médico, com acompanhamento da guarnição até a chegada de um familiar. A ocorrência foi conduzida em conformidade com os protocolos legais e de segurança vigentes.
Fonte: Correio do Povo