
Em assembleias realizadas nesta terça-feira, em frente à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas e nos terminais da Transpetro, a categoria petroleira gaúcha aprovou, com ampla maioria, o indicativo do Conselho Deliberativo da FUP, deflagrando pela suspensão da greve e pela aceitação da contraproposta apresentada pela Petrobrás na última segunda. A decisão foi fruto de um amplo debate coletivo e da avaliação responsável dos avanços conquistados com a mobilização.
No Rio Grande do Sul, a greve teve duração de oito dias, enquanto a greve nacional somou nove dias de paralisação, com expressiva adesão dos petroleiros e petroleiras, incluindo os trabalhadores e trabalhadoras dos terminais da Transpetro. A força do movimento foi decisiva para arrancar conquistas estruturais para toda a categoria, da ativa, aposentados e pensionistas, reafirmando a unidade e a capacidade de mobilização dos trabalhadores do Sistema Petrobrás.
O principal avanço da contraproposta aprovada é a garantia de uma mesma proposta econômica para todas as subsidiárias do Sistema Petrobras, assegurando isonomia entre os trabalhadores, além da formalização da carta-compromisso para a solução dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, um dos eixos centrais da campanha reivindicatória. Esses pontos representam uma vitória estratégica da greve, ao enfrentar desigualdades históricas e proteger direitos previdenciários fundamentais. Somam-se a essas conquistas o compromisso da Petrobrás de não punir os grevistas e a retomada de espaços permanentes de negociação.
Encerrando a avaliação do movimento, a presidenta do Sindipetro-RS, Miriam Cabreira, destacou a força demonstrada pela categoria ao longo da greve. “Demonstramos a força da categoria petroleira nessa greve nacional. Arrancamos uma proposta financeira que contempla todas as subsidiárias, o que não existia antes da greve. É a categoria petroleira mostrando a sua força. Nós medimos essa força e temos certeza de que, a partir de agora, a gestão Magda terá que mudar sua postura nas negociações. A própria negociação do Plano de Cargos, no próximo ano, sem dúvida será diferente, porque agora eles sabem que, quando é preciso, a categoria petroleira se mobiliza com força.”
Fonte: Fernanda Bassôa / Correio do Povo