Gre-Nal 448 confirmou os momentos distintos das equipes e a prevalência da esperança do Grêmio

O Grêmio não venceu o Inter somente por ter sido melhor. Há até quem discuta qual elenco é superior. As esperanças do Grêmio – referidas nesta coluna como a ilusão que tornava o tricolor favorito – residiam nas contratações recém-chegadas e em uma ainda por estrear, caso de Willian, um dos destaques do clássico.
Já no jogo contra o Mirassol, o ingresso de Arthur e a evolução de Cuéllar mostravam uma pequena melhora, pelo menos na manutenção da posse por mais tempo e na qualidade. Faltava criar mais e, posteriormente, converter. Aí entra Carlos Vinícius, autor do primeiro gol, com boa sustentação e vantagem sobre os zagueiros colorados.
Situações de arbitragem à parte, o time de Mano parecia mais planejado, ainda que o torcedor tenha ficado preocupado com as escolhas por Edenílson e Pavón. O treinador ainda brincou que sabia dos problemas caso perdesse com esses dois jogadores como titulares. Aproveitou para tirar onda, afirmando que sabia muito bem o que estava fazendo. Foi o momento do merecido vencedor.
Para completar, no momento de sufoco, já sem Arthur, bem expulso, chegava a hora de a defesa aparecer. Solidez e segurança com Wagner Leonardo e Noriega, além de duas excelentes defesas de Volpi, um dos heróis. Mas era clássico, e a esperança, seja lá qual for, está sempre por um fio. A trave e o nervosismo de Alan Patrick, na terceira cobrança da noite, confirmaram que realmente havia mais ilusão pelos lados tricolores.
Passado o clássico, agora Mano terá tempo, jogadores e responsabilidade para fazer este Grêmio evoluir um pouco mais – pelo menos para ter maior tranquilidade na tabela do Brasileirão. Era certo que faltava qualidade no elenco. Assim como era nítido que havia uma ilusão positiva do lado vencedor.