
Gilson Trennepohl, de 65 anos, dono da Stara e vice-prefeito de Não-Me-Toque, ficou por quase dois dias em poder de sequestradores, sendo resgatado na madrugada desta segunda-feira, em Marau. Foram identificados três suspeitos. Destes, um está preso.
O início do caso foi por volta das 2h30min de sábado, quando Trennepohl chegava em casa após participar da festa de final de ano da empresa. Ali, foi rendido por dois homens, que possivelmente invadiram sua propriedade na noite anterior, conforme apuração policial.
Eles saíram do local pelas 10h, na Toyota Hilux do empresário, que foi abandonada em Passo Fundo. Depois, em um Renault Duster SUV, seguiram a uma propriedade rural. No cativeiro, ligaram para o filho da vítima.
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) tentou resgate, mas os sequestradores escaparam com Trennepohl, entrando em um matagal. A SUV foi carbonizada em uma estrada de terra.
“Estabelecemos um gabinete de crise. Isso porque a compartimentação de informações é determinante em casos assim, tendo em vista a preservação da vítima. PC, Brigada Militar e Polícia Rodoviária Federal atuaram de forma ininterrupta”, afirmou o delegado e diretor do Deic, João Paulo de Abreu.
Na tarde desse domingo, um homem de 20 anos foi preso em um Chevrolet Ônix, na RS 324. A ação ocorreu após moradores da região desconfiarem do sujeito, acionando a BM enquanto ele estava em um posto de gasolina. Segundo a corporação, seria um dos mentores do crime. Vai responder por extorsão mediante sequestro.
O efetivo do 3º Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) percorreu o entorno das áreas de mata, a cerca de 90 quilômetros do imóvel de Trennepohl, que acabou sendo resgatado próximo às 1h30min desta segunda. Aos policiais, teria dito que o sequestrador que estava com ele se assustou e fugiu ao avistar uma viatura do Choque. Com a distração do bandido, conseguiu se desvencilhar e correr rumo à guarnição.
Trennepohl não ficou ferido. Ele foi encaminhado ao Hospital Cristo Redentor de Marau, sendo liberado após atendimento. Até o momento desta publicação, um cerco policial continuava em busca do criminoso escondido na mata e de outro, que teria atuado como motorista no sequestro. Não houve pagamento de resgate.
Fonte: Marcel Horowitz / Correio do Povo