A rede hospitalar terá investimento superior a R$ 400 milhões no Rio Grande do Sul. O anúncio ocorreu neste sábado, na coletiva do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no Grupo Hospitalar Conceição (GHC), em Porto Alegre, onde também foi confirmado que a vacina contra a dengue tem previsão de ser distribuída a partir de janeiro.
De acordo com Padilha, a expectativa é que a distribuição do imunizante aconteça de forma simultânea no país. Ainda não foi definida quantidade de doses por estado, mas os profissionais da atenção básica estarão entre os primeiros a serem vacinados. Na população em geral, a aplicação começará nas pessoas de 59 anos, estendendo-se ao grupo de até 12 anos.
A informação foi divulgada no contexto do pacote de aplicações do governo federal em hospitais gaúchos. Parte do montante será destinado às obras do Centro de Apoio ao Diagnóstico e Terapia (CADT), que têm início previsto para janeiro e estimativa de conclusão de três anos, no complexo do GHC.
Essa construção terá nove andares e 20 mil metros quadrados. Ali, ficarão concentrados serviços de análise laboratorial, endoscopia, exames de imagem, tomografia, ultrassom, hemodiálise e radiologia intervencionista, entre outros procedimentos.
“Nesse pacote de R$ 400 milhões, a primeira parte será investida no GHC, com R$ 200 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na construção de um prédio de nove andares. Isso vai potencializar os atendimentos, além de proporcionar uma estrutura mais digna para os trabalhos”, disse Alexandre Padilha.
Conforme o diretor-presidente do GHC, Gilberto Barichello, a nova estrutura vai liberar 5 mil metros quadrados do local antigo, possibilitando a confecção de novos leitos. Ele adicionou que, em seis meses, o GHC promoveu 7 mil cirurgias e mais de 700 mil exames, número que será potencializado após o término das obras.
“Hoje, os pacientes precisam circular por todo o hospital para realizar seus exames. Com o novo empreendimento, todo o diagnóstico ficará concentrado em um único local, agilizando o atendimento. Além disso, cerca de 5 mil metros quadrados da estrutura antiga serão liberados, passarão por reforma e serão transformados em novos leitos”, ponderou Barichello.
O titular da Saúde adicionou que, a partir deste mês, outros R$ 60 milhões serão investidos em cirurgias e na contratação de profissionais do SUS em Porto Alegre, através do programa Agora Tem Especialistas. Também foram firmados acordos que garantem a realização de procedimentos do SUS em nove hospitais privados, que em troca vão ter abatimento de dívidas com a União e de impostos.
A proposta teve adesão da Santa Casa de Rio Grande, Hospital Bom Jesus (Taquara), Hospital Regional Nelson Cornetet (Guaíba), Hospital Monporto (Rio Grande), Santa Casa de Porto Alegre, Instituto de Cardiologia (Porto Alegre), Hospital Restinga e Extremo Sul (Porto Alegre), Hospital Vila Nova (Porto Alegre) e Santa Casa de Pelotas.
“Na segunda parte do nosso pacote, vamos colocar mais recursos no SUS de Porto Alegre, ultrapassando R$ 60 milhões. E o terceiro investimento será a adesão de hospitais privados, que vão trocar suas dívidas e reduzir impostos, na oferta de cirurgias e exames aos pacientes do SUS. Isso trará redução de filas e aumento de 30 mil cirurgias”, destacou o ministro da Saúde.
Alexandre Padilha ainda projetou R$ 30 milhões em radioterapia e oncologia para 15 hospitais gaúchos. Somado a isso, assegurou qualificação no tratamento da síndrome pós-Covid. Essas verbas serão oriundas do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde (Pronas).
“Vamos reforçar equipamentos para tratar o câncer e lançaremos um guia de manejo clínico da Covid longa. Muita gente teve complicações e segue com sequelas. Agora, há um manual do SUS com orientação profissional sobre como lidar com esse problema”, avaliou Padilha.
Por fim, novamente no Agora Tem Especialistas, haverá equipes contratadas para atuação em blocos cirúrgicos e espaços desativados. A vigência será de três meses, começando na Santa Casa de São Lourenço do Sul e no Hospital Universitário de Canoas.
“Esse convênio é um grande passo, demonstrando que nosso hospital está pronto para novas vivências em cirurgias e trabalhos conjuntos, no âmbito público e particular. Teremos um 2026 ainda mais próspero e com mais dignidade para a população”, enfatizou o CEO da Associação Saúde em Movimento (ASM), Cláudio Vitti, que gere o Hospital Universitário de Canoas.
Fonte: Correio do Povo