
O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) entra em pauta decisiva nesta quinta-feira, 18. O Conselho Curador do FGTS realiza a 203ª Reunião Ordinária, a partir das 9h30, com expectativa de aprovação de ajustes relevantes nos limites de valor dos imóveis enquadrados na habitação popular, com impacto direto sobre o programa Minha Casa, Minha Vida. A principal deliberação envolve a atualização do teto dos imóveis nas faixas 1 e 2 do programa, voltadas a famílias com renda mensal de até R$ 4,7 mil. Nos municípios das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, o valor máximo atual, fixado em R$ 255 mil, deve receber correção média de 4%.
Técnicos do Ministério das Cidades apontam defasagem acumulada após cerca de três anos sem atualização da tabela. Nos municípios do interior paulista e fluminense, o reajuste pelo mesmo percentual já entrou em vigor. Nas capitais, o limite permanece em R$ 350 mil. Para a faixa 3, destinada a famílias com renda de até R$ 8,6 mil, o teto segue em R$ 500 mil. O mesmo valor vale para a faixa 4, voltada a rendas mensais entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil.
MENOR RENDA
As regras do programa garantem condições diferenciadas para famílias de menor renda, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Nessas localidades, o financiamento conta com juros reduzidos, variando entre 4% e 10,5% ao ano, além de subsídio do FGTS, com desconto de até R$ 55 mil por família, fator essencial para adequar as prestações ao orçamento doméstico. Além do tema habitacional, o colegiado também deve analisar manifestação favorável ao Termo de Conciliação do Terreno do Gasômetro, no Rio de Janeiro, e a destinação de recursos para ações comemorativas dos 60 anos do FGTS. O encontro ocorre em cenário de crédito imobiliário restrito e juros elevados, contexto no qual qualquer ajuste tende a produzir efeitos imediatos no mercado e no acesso à moradia.
(*) com Agência Brasil