
O Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta quinta-feira, 4, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do 3º trimestre de 2025. Conforme analistas, o indicador deverá apresentar uma estabilidade (0,0%) na variação trimestral e na variação anual, elevação de 1,5%. Para o analista da plataforma Investing.com, Leandro Manzoni, o resultado será o termômetro da real extensão da desaceleração econômica no Brasil – cenário esperado em decorrência da taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, e o impacto do tarifaço dos Estados Unidos sobre produtos nacionais. O verdadeiro teste será verificar se o menor ritmo de crescimento estará em linha com as projeções do mercado e do Banco Central.
Se tomado como base o IBC-Br, considerado a prévia do PIB divulgada pelo Banco Central, a atividade econômica retraiu 0,9% entre julho e setembro na série dessazonalizada, puxada pela forte queda de 4,5% da agropecuária, além de retrações na indústria (-0,3%) e nos serviços (-0,3%).
DESEMPENHO
Conforme analistas do Daycoval, pela ótica da demanda, o Consumo das Famílias deverá mostrar desaceleração, em particular para os bens sensíveis ao crédito, com recuo do investimento como reflexo da taxa de juros elevada. Por outro lado, as importações deverão mostrar melhora (contribuindo negativamente para o PIB) e as exportações devem mostrar melhora após um primeiro semestre aquém das expectativas.
Para o período riscos de baixa vêm do consumo das famílias e do setor de Serviços, que mostrou perda de força além do antecipado nas pesquisas mensais, enquanto os riscos de alta decorrem de efeitos indiretos adicionais da safra recorde de milho sobre transportes/logística.