
O 13º salário é um alívio financeiro importante no fim do ano para milhões de profissionais formais no Brasil. Até 30 de novembro, os trabalhadores devem receber a primeira parcela do 13º, uma gratificação anual prevista na Constituição Federal. De acordo com dados oficiais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2024, aproximadamente 92,2 milhões de brasileiros foram beneficiados com esse rendimento extra, com um valor médio de R$ 3.096,78. No Rio Grande do Sul, o benefício deverá injetar cerca de R$ 23 bilhões na economia gaúcha, segundo estimativas do Dieese. Esse montante representa em torno de 3,1% do PIB estadual. No entanto, para evitar que esse abono vire uma armadilha financeira, é essencial planejar seu uso com sabedoria.
O abono natalino tem potencial de injetar na economia brasileira cerca de R$ 369,4 bilhões. O montante representa aproximadamente 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social; e aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios. Cerca de 95,3 milhões de brasileiros serão favorecidos com rendimento adicional, em média, de R$ 3.512,00, de acordo com as estimativas do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) já receberam antecipadamente. Apenas os novos segurados que entraram neste ano vão receber o 13º em novembro. Dos cerca de 95,3 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados com o pagamento, 59,5 milhões, ou 62,5% do total, são trabalhadores no mercado formal, entre eles, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada, que somam 1,5 milhão de pessoas, equivalendo a 1,5% do conjunto de beneficiários. Os aposentados ou pensionistas da Previdência Social (INSS) correspondem a 34,8 milhões de beneficiários, ou 36,6% do total.
Além desses, aproximadamente 915,5 mil pessoas (ou 1,0% do total) são aposentadas e beneficiárias de pensão da União (Regime Próprio). Há ainda um grupo constituído por aposentados e pensionistas dos estados e municípios (regimes próprios) que vai receber o 13º e que não pode ser quantificado. Do montante a ser pago como 13º, cerca de R$ 260 bilhões, ou 70,4% do total, irão para os empregados formais, incluindo os trabalhadores domésticos. Outros 29,6% dos R$ 369,4 bilhões, equivalentes a R$ 109,5 bilhões, serão pagos aos aposentados e pensionistas.
REGIONAIS
A parcela mais expressiva do 13º salário (49,6%) deve ser paga nos estados do Sudeste, região com a maior capacidade econômica do país e que concentra a maioria dos empregos formais e aposentados e pensionistas. No Sul, devem ser pagos 17,3% do montante e, no Nordeste, 16,4%. Já
às regiões Centro-Oeste e Norte cabem, respectivamente, 9% e 5%. Importante registrar que os beneficiários do Regime Próprio da União receberão 2,7% do montante e podem estar em qualquer região do país. O maior valor médio para o 13º deve ser pago no Distrito Federal (R$ 5.877,00) e o menor, no Maranhão e Piauí, com valor médio de cerca de R$ 2.400,00. Essas médias, entretanto, não incluem o pessoal aposentado pelo Regime Próprio dos estados e dos municípios, pois não foi possível obter esses dados.
A maior parcela do montante a ser distribuído caberá aos ocupados no setor de serviços (incluindo administração pública), que ficarão com 63% do total destinado ao mercado formal. Os empregados da indústria receberão 17,4%; os comerciários terão 13,2%; aos que trabalham na construção civil será pago o correspondente a 4,1%, enquanto 2,2% serão recebidos pelos trabalhadores da agropecuária. Em termos médios, o valor do 13º salário do setor formal corresponde a R$ 4.431,00. A maior média deve ser paga aos trabalhadores do setor de serviços e equivale a R$ 4.983,00; a indústria aparece em segundo lugar, com o equivalente a R$ 4.616,00; e a menor média ficará com os trabalhadores do setor primário da economia, R$ 2.987,00.
(*) com Agência Brasil