
O Viaduto Otávio Rocha, na avenida Borges de Medeiros, entre as ruas Coronel Fernando Machado e Jerônimo Coelho, no Centro Histórico de Porto Alegre, segue com o prazo de conclusão das obras de revitalização e recuperação para o final deste ano, de acordo com a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi). Com os trabalhos iniciados em novembro de 2022, e executados pela empresa Concrejato, vencedora da licitação, eles estão 85% concluídos. O prazo inicial de execução era maio de 2024, justamente o mês das enchentes históricas em Porto Alegre.
Mas, de lá para cá, houve cinco termos aditivos sucessivos, e os custos, inicialmente previstos em R$ 13,7 milhões, agora estão em R$ 19,7 milhões, 44,2% maior. Já o prazo também foi prorrogado, desta vez para 30 de dezembro, enquanto a vigência contratual foi estendida para o final de março de 2026. Estão sendo reformados os elementos construtivos e decorativos, com a substituição do cirex, revestimento característico do viaduto, além de soluções para as instalações elétricas, telefônicas, lógica, sistemas de segurança e iluminação pública.
Os trabalhos integram o chamado programa Centro+, da Prefeitura. Pedestres que precisam transitar pelo espaço público, construído em 1928 e ponto turístico da Capital, precisam ainda por ora conviver com as obras em andamento, às quais já estão encerradas em ao menos três das escadarias do viaduto, enquanto a quarta ainda está com trânsito de pessoas bloqueado.
A reforma dos degraus das escadarias é uma das etapas derradeiras da revitalização, com ladrilhos, soleiras e grades de ferro recuperados. Conforme a Smoi, as escadas, utilizadas diariamente por muitos moradores e frequentadores da área, estão desgastadas pelo uso e ação do tempo. No entorno delas, há também materiais de construção ainda dispostos.
A secretaria também liberou o trânsito na rua Duque de Caxias, acima do viaduto. Conforme a pasta, foi descoberta uma infiltração na altura da via, fazendo com que a rua e a calçada passassem por um processo de impermeabilização. Houve dificuldades anteriores ao atual estágio de realização das obras, a exemplo do trato com o cirex, argamassa especial que reveste as paredes de concreto do viaduto, que precisava ter as mesmas características históricas da época da implantação do Otávio Rocha.
Fonte: Felipe Faleiro / Correio do Povo