
Maior evento gratuito da região, reunindo mais de 30 mil pessoas em 2024, O Grande Espetáculo de Natal vai além do encanto das luzes e da emoção das apresentações. A 9ª edição, que será realizada nos dias 29 e 30 de novembro em Caxias do Sul (RS), reafirma o impacto da cultura como vetor econômico e gerador de empregos na Serra Gaúcha.
Com aproximadamente 250 postos de trabalho diretos, incluindo um elenco de cerca de 100 pessoas em cena, o evento mobiliza uma ampla cadeia de profissionais que atuam nos bastidores da produção. São técnicos, seguranças, costureiras, produtores, maquiadores, diretores, cenógrafos e motoristas, além das equipes envolvidas em som, luz, montagem e comunicação, entre outras funções essenciais para o sucesso do evento. O resultado é um ciclo que aquece diferentes setores, da economia criativa à hotelaria e ao comércio, movimentando a cidade muito antes de o público ocupar as ruas.
Para a diretora executiva e gestora cultural Cali Troian, o espetáculo representa a potência econômica da cultura local. “,Como diretora executiva, acompanho de perto a engrenagem que faz este espetáculo existir. São centenas de profissionais, do planejamento, gestão, produção à técnica, do figurino à cenografia, do som e luz à comunicação, segurança e logística, atuando em sintonia com cerca de 100 artistas em cena. Cada área responde por uma parte indispensável deste grande organismo vivo que é O Grande Espetáculo de Natal.
A plateia vê o brilho do palco e eu vejo, todos os dias, o empenho da grande equipe que faz a magia acontecer e movimenta a economia criativa da nossa cidade.Para além da cadeia produtiva, o impacto se reflete também na movimentação de visitantes e no fortalecimento do turismo cultural da Serra. O espetáculo, realizado em frente à Casa Magnabosco, no coração de Caxias do Sul, atrai um público crescente e ajuda a manter viva a economia criativa local, com reflexos em hospedagem, alimentação e serviços.
CULTURA
Segundo Cali, investir em cultura é investir em desenvolvimento. “Quando a cidade entende que um evento cultural movimenta pessoas, empresas e serviços, ela percebe que a cultura, além de um instrumento de cidadania , de bem estar e felicidade,é uma ferramenta econômica potente. O espetáculo é um exemplo de como arte e economia podem caminhar juntas”, destaca.
Para Pedro Horn Sehbe, idealizador do projeto e CEO da Casa Magnabosco, a trajetória d’O Grande Espetáculo de Natal começou em 2016 e, desde então, transformou-se em um dos símbolos mais fortes das celebrações de fim de ano na Serra Gaúcha. “A cada edição, mais empresas se aproximam e abraçam a proposta. Esse envolvimento do setor produtivo mostra o quanto o evento é visto como um movimento da própria cidade, algo que nasce e cresce com as pessoas”, comenta.
Ele destaca que o objetivo sempre foi devolver vida ao centro histórico, ocupando seus espaços com arte e convivência. “O que fazemos ali é reconstruir vínculos e criar memórias novas. Isso acaba gerando um impacto que fica para além do palco. Eu gostaria muito de ver outros prédios históricos recebendo iniciativas semelhantes, para que o Natal em Caxias continue ganhando cor, emoção e identidade. É a força da nossa comunidade que sustenta tudo isso”, afirma.