
O Monitor do PIB aponta crescimento de 0,1% na atividade econômica no terceiro trimestre em comparação ao segundo. Em setembro, na comparação com agosto, a atividade econômica ficou estável. Esses resultados foram obtidos na série com ajuste sazonal. Na comparação interanual, a economia cresceu 1,5% no terceiro trimestre e 2,3% em setembro. A taxa acumulada em 12 meses até o terceiro trimestre foi de 2,5%. Os dados foram divulgados neste terça-feira 18, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre)
Em termos monetários, estima-se que o PIB em valores correntes, no acumulado até o terceiro trimestre de 2025, tenha sido de R$ 9,370 trilhões, A taxa de investimento apresenta as taxas trimestrais obtidas na série a preços constantes. No terceiro trimestre, a taxa de investimento foi de 18,9%.
“O resultado do terceiro trimestre mostra que a desaceleração se refletiu na quase estagnação apontada no crescimento de apenas 0,1% na comparação com o segundo trimestre. O setor de serviços e o consumo das famílias, maiores componentes do PIB, respectivamente, pela ótica da produção e da demanda, ficaram estagnados, e os outros componentes pouco contribuíram para um desempenho mais forte da economia.”, segundo Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.
CONSUMO DAS FAMÍLIAS
Desde 2021, o consumo das famílias vinha crescendo anualmente acima de 3,0%, mas apresentou visível desaceleração ao longo de 2025, registrando 0,2% no terceiro trimestre do ano, comparado ao terceiro trimestre de 2024. Apesar do resultado levemente positivo, o consumo de bens apresentou desempenho negativo, tanto em duráveis, como em não duráveis. O consumo de serviços, apesar de positivo, desacelerou significativamente no último trimestre.
Após estar positiva desde o início de 2024, a FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) caiu no terceiro trimestre do ano, em comparação ao mesmo período de 2024. Essa queda deveu-se ao fraco desempenho de máquinas e equipamentos, único segmento da FBCF a retrair. Embora a construção e os outros da FBCF tenham crescido, reduziram suas contribuições positivas ao longo do ano.
Diferentemente do consumo das famílias e da FBCF, as exportações seguiram ampliando suas taxas positivas em 2025, tendo registrado a maior delas no terceiro trimestre do ano. Houve crescimento em todos os grupos de produtos exportados, com destaque para os da extrativa, que contribuíram com cerca de 44% para o crescimento total do componente.
O crescimento das importações é explicado, principalmente, pelas contribuições positivas dos bens intermediários e de capital. Contribuíram negativamente, de modo a atenuar o crescimento do componente, as importações de produtos da extrativa e de serviços. No primeiro caso, o desempenho negativo já se observava desde o início do ano, enquanto no segundo, é um padrão desse trimestre.