
Mais da metade dos aposentados e pensionistas do INSS pretende usar o aumento da margem consignável previsto para 2026 para quitar dívidas. É o que revela uma pesquisa da fintech meutudo com 4.532 participantes de todas as regiões do país. O aumento da margem está ligado à previsão de que o salário mínimo suba de R$ 1.518 para R$ 1.631 em 2026 — alta de 7,44%. Como o consignado é descontado diretamente do benefício do INSS, o aumento do piso salarial eleva o valor que pode ser comprometido em empréstimos.
Segundo a pesquisa, 54% dos entrevistados pretendem usar a nova margem para pagar dívidas, enquanto 32% planejam guardar ou investir. Outros 8% querem ajudar familiares, e 6% usar para compras ou viagens. Para 64% dos aposentados, a nova margem vai ajudar bastante a vida financeira em 2026. Já 25% acreditam que não fará diferença, e 10% dizem que o alívio será pequeno.
“É fundamental que aposentados e pensionistas entendam que o crédito consignado não é renda extra, mas um compromisso de longo prazo. Quem pretende usar o novo limite para quitar dívidas com juros mais altos deve aproveitar para negociar e evitar assumir novos empréstimos sem necessidade”, afirma Márcio Feitoza, CEO da Meutudo.
Apesar do impacto na renda, 41% dizem que pretendem usar todo o valor disponível, mas 44% ainda não decidiram. Apenas 16% afirmam que pretendem utilizar só uma parte. “O aumento da margem pode ser uma oportunidade de reorganizar o orçamento, mas não substitui o planejamento financeiro. Usar todo o limite disponível sem avaliar as parcelas pode comprometer a renda futura”, acrescenta Feitoza.