
O deputado Felipe Camozzato (Novo) escolheu o plenário da Assembleia Legislativa para receber, nesta terça-feira, a interpelação judicial movida por calúnia pelo governador Eduardo Leite (PSD).
O governo questiona as afirmações do deputado sobre um suposto esquema de manipulação de notas nas escolas gaúchas com o objetivo de aprovar alunos. Além de Leite, o documento é assinado pela secretária de Educação, Raquel Teixeira.
O imbróglio teve início durante a votação da proposta do governo do Estado que instituiu um programa com uma série de benefícios visando alavancar a educação, entre eles um 14º salário para professores, proporcional ao atingimento de metas.
Durante os discursos, Camozzato foi à tribuna afirmar que estava sendo procurado por professores denunciando o suposto esquema. Em suas redes sociais, ele refez a denúncia. O governo do Estado, então, entrou com uma representação judicial indagando a fonte e a veracidade das informações.
Agora, o deputado deve decidir junto de seus advogados se vai ou não responder a intimação. O parlamentar acusou o governador de tentar constranger a atuação parlamentar. “Ao invés de apurar e fazer o seu trabalho, o governo prefere intimar um deputado. Isso diz muito sobre a preocupação que ele (Leite) tem com os alunos e com a Educação”, declarou.
Mesa reforça imunidade parlamentar
Na manhã desta terça-feira, durante reunião da Mesa Diretora, os deputados aprovaram por unanimidade o parecer da Procuradoria da Casa que certifica a imunidade parlamentar.
Também pela manhã, a Comissão de Educação aprovou a criação de uma subcomissão para investigar as denúncias recebidas pelo deputado. Camozzato será o relator. Cláudio Branchieri (Podemos), Sofia Cavedon (PT) e Elizandro Sabino completam o grupo.
Fonte: Flávia Simões / Correio do Povo