
O ICEC-RS registrou 84,5 pontos em setembro de 2025, queda de 1,4% na margem e de 18,6% frente a setembro de 2024. Os dados foram coletados nos últimos dez dias de agosto. O resultado, divulgado nesta quinta-feira, 23, pela Fecomércio-RS, representou a terceira queda consecutiva do índice, mantendo-o em um dos menores patamares da série histórica, no campo pessimista, próximo ao observado em setembro de 2020 (83,5 pontos). Entre seus componentes, todos seguem abaixo do mesmo período do ano anterior e, em relação a agosto de 2025, o único avanço se deu por um fator sazonal.
A única alta na margem foi no eixo de Investimentos (IIEC), que avançou 2,7% para 97,4 pontos; ante a setembro de 2024, o recuo foi de 1,3%. O fator sazonal que explica a melhora são as contratações para reforçar as equipes para as vendas de fim do ano, com o subíndice Contratação de Funcionários subindo 9,1% ante agosto de 2025, para 106,3 pontos. Apesar de acima da linha da neutralidade (100,0 pontos), o patamar do subíndice denota uma perspectiva positiva na passagem de agosto para setembro contida, que fica 4,5% abaixo do registrado um ano atrás (setembro de 2024).
Os eixos de Condições Atuais (ICAEC) e Expectativas (IEEC) tiveram novos recuos, com destaque às Expectativas, com nova mínima histórica aos 99,0 pontos abaixo da linha da neutralidade (100,0 pontos) – algo inédito na série. A queda no IEEC foi de 1,6% frente ao mês anterior e de 23,1% em relação a setembro de 2024. Já o ICAEC, em patamar pessimista desde fevereiro de 2023, caiu 7,4% na margem para 57,0 pontos, com retração de 32,0% na comparação interanual.
“Além da percepção de uma dinâmica das vendas do varejo com menos impulso, o ICEC deixa evidente a contaminação persistente da confiança dos empresários em um cenário de muita incerteza, tanto pelo cenário internacional (decorrente das tarifas) quanto interno (juros persistentemente altos e desequilíbrio fiscal). Independentemente da conjuntura, o final do ano sempre é um momento de destaque no calendário do varejo. É fundamental que o empreendedor gaúcho foque nesse momento no que está ao seu alcance para garantir vendas e rentabilidade”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.