O faturamento real da indústria de transformação caiu 5,3% em agosto, na comparação com julho, apontam os Indicadores Industriais, divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira, 7. É a quarta queda do índice nos últimos seis meses. O resultado negativo comprometeu o acumulado do ano do indicador. De janeiro a julho, o faturamento registrado em 2025 era 5,1% superior ao mesmo período do ano passado. Agora, contando os dados de agosto, o faturamento deste ano é 2,9% maior que o observado nos oito primeiros meses de 2024.
Segundo Larissa Nocko, especialista em Políticas e Indústria da CNI, essa tendência de queda é consequência de vários fatores. “O primeiro deles é o patamar elevado dos juros, que impacta o crédito e o crescimento econômico como um todo. Um segundo elemento é a entrada de bens importados, especialmente de consumo, capturando boa parte do mercado consumidor da indústria nacional e prejudicando o setor. Além disso, a valorização do real frente ao dólar torna os produtos brasileiros mais caros lá fora, impactando as empresas exportadoras”, avalia.
O número de horas trabalhadas na produção teve ligeira queda de 0,3%, entre julho e agosto. Nos oito primeiros meses de 2025, o indicador ainda registra saldo positivo: alta de 1,6% frente ao mesmo período de 2024. Já o emprego industrial registrou estabilidade pelo quarto mês consecutivo. Até abril deste ano, o indicador acumulava 18 meses consecutivos sem queda. Depois de cair em abril, o índice não mudou significativamente em maio, junho, julho e agosto. Ainda assim, o emprego cresceu 2,2% nos oito primeiros meses de 2025.
HORAS TRABALHADAS
O número de horas trabalhadas na produção teve ligeira queda de 0,3%, entre julho e agosto. Nos oito primeiros meses de 2025, o indicador ainda registra saldo positivo: alta de 1,6% frente ao mesmo período de 2024.
Já o emprego industrial registrou estabilidade pelo quarto mês consecutivo. Até abril deste ano, o indicador acumulava 18 meses consecutivos sem queda. Depois de cair em abril, o índice não mudou significativamente em maio, junho, julho e agosto. Ainda assim, o emprego cresceu 2,2% nos oito primeiros meses de 2025.
A massa salarial caiu 0,5% entre julho e agosto. No acumulado do ano, já recuou 2% em relação ao mesmo recorte de 2024. Outro indicador ligado ao mercado de trabalho industrial, o rendimento médio dos trabalhadores também diminuiu: queda de 0,6%. Entre janeiro e agosto de 2025, o índice acumula retração de 4,1% frente ao mesmo período do ano passado.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) recuperou parte da queda de 0,4 ponto percentual (p.p.) em julho. Em agosto, a UCI da indústria subiu 0,2 p.p., chegando aos 78,7%. A CNI destaca que a UCI média dos oito primeiros meses de 2025 é 0,7 p.p. inferior à registrada no mesmo período de 2024.arço para abril, quando a UCI caiu 0,6 ponto percentual. No trimestre encerrado em maio, a UCI caiu 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em fevereiro.