Neste mês de setembro, o Instituto Hélice completa sete anos de atuação na Serra Gaúcha. A entidade sem fins lucrativos nasceu em 2018, fruto da união de um grupo de profissionais das empresas Marcopolo, Rands, Soprano e Florense. Juntos, eles buscaram encontrar soluções para dores comuns. Após diversos ciclos de evolução, atualmente o Hélice foca em ser um articulador entre empresas, academia, órgãos públicos e sociedade civil organizada, com o objetivo de fomentar o ecossistema de inovação da Serra Gaúcha.
Em 2025, o Hélice lançou o primeiro Laboratório de Inteligência Artificial da Serra Gaúcha, que está em funcionamento. Atualmente, as ideias debatidas pelas empresas participantes estão na fase de testagem de soluções, para que posteriormente possam entrar em vigor. O Lab IA Hélice tem capacitações realizadas pela DB, empresa sediada na Conexo. Além disso, estão em andamento novas iniciativas para as empresas associadas, como a Jornada de Métricas de Inovação. Em julho, 16 empresas participaram de um workshop sobre Gestão Estratégica da Inovação. Agora, ao final de setembro, a jornada continuará com uma expedição para São Paulo, onde visitarão espaços como o CUBO Itaú, Eurofarma, BeFly, Stellantis e Learning Village. A terceira parte contemplará uma consultoria para a formulação e a aplicação de uma estratégia de inovação.
“O Hélice foi o primeiro HUB de inovação aberta do Rio Grande do Sul e inspirou muitos outros no Estado. Olhamos para essa iniciativa buscando ressignificá-la, mirando em outras atuações com a certeza que há muito a ser feito na Serra Gaúcha no que tange à Cultura de Inovação. A região ainda tem muitas oportunidades quando falamos em colaboração, inovação aberta, orquestração da pauta de inovação. Observamos que é hora de alçar novos voos, como conectar as lideranças e apoiar hubs físicos locais a prosperarem mais, a ponto de gerar novos negócios tendo inovação como meio e não finalidade”, explica Katherin Misura, diretora-executiva do Instituto.
“A rede do Hélice soma mais de R$ 45 bilhões em faturamento. É uma rede potente e consolidada. Imagine o quanto essa rede ainda não crescerá com novos estímulos à inovação, com foco na geração de negócios e profissionalizando cada vez mais a gestão da inovação, ainda mais com o advento da Inteligência Artificial”, estima.
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
Ao longo dos anos, o Instituto trabalhou no ecossistema a inovação aberta, promovendo desafios em que as empresas associadas apresentam seus problemas e as startups propõem soluções. Além disso, realizou programas de aceleração de startups da Serra, fornecendo conhecimento técnico e apoio financeiro. Promove a Escola da Inovação, tendo formado mais de 170 pessoas, e analisa a inovação de cada empresa associada, acompanhando sua evolução. Atualmente, são 11 associadas e seis mantenedoras.
Atual presidente do Hélice, João Paulo Ledur, Diretor de Estratégia e Transformação Digital da Marcopolo, conta que o Instituto foi fundamental para que a empresa passasse por um dos momentos mais desafiadores da sua história. “Em 2018, nos primórdios do Hélice, ainda não sabíamos que enfrentaríamos uma pandemia. Naquele momento, a Marcopolo viveu seu principal desafio. Todas as discussões que vínhamos tendo no âmbito do Hélice, sobre um conceito novo de inovação, inovar de forma aberta e colaborativa, acabaram impulsionando uma jornada de transformação para que estejamos batendo recordes de vendas, de resultados, de novas soluções e novos produtos para o mercado. Isso tem muito a ver com o que o Hélice impactou em nosso negócio. Seu papel é impactar as organizações do ecossistema para que possamos enfrentar um mundo cada vai mais dinâmico e incerto”, avalia.