
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a comentar, nesta terça-feira (23), as tarifas impostas por Donald Trump e avaliou que a medida foi um “tiro no pé” dos americanos.
“Quando o tema do tarifaço surgiu, eu disse que me parecia um tiro no pé, uma decisão impensada, porque você tarifar commodity não faz o menor sentido, sobretudo porque você vai encarecer produtos que são consumidos diretamente pela população e não pelas indústrias”, observou.
“Quando você tarifa café, suco de laranja e carne, você vai encarecer a mesa do pessoal dos Estados Unidos”, acrescentou Haddad, que defendeu a qualidade dos produtos brasileiro. “O Brasil se diversificou muito. Lançamos um plano de contingência e o presidente [Lula] continua fazendo o trabalho de colocar o Brasil debaixo do braço e mostrar para o mundo”, disse.
“Produzimos coisas muito boas, as melhores do mundo, então não temos dificuldade de realocar as exportações. Acredito que isso [tarifaço] vai passar. Efetivamente, foi uma ingerência de um país sobre nós, em um assunto que não é nem do Executivo, é da Justiça. A Justiça que está reagindo a [Lei] Magnitsky, a esse tipo de intromissão descabida”, acrescentou.
Para Haddad, a postura do presidente Lula está sendo sóbria e correta ao lidar com o tema.
“Você não vê bravata, ele [Lula] não está usando isso para fazer palanque. Como chefe de Estado está se colocando com muita sobriedade, com muita tranquilidade. O vice-presidente [Geraldo Alckmin], que conduz as negociações, [está agindo] da mesma forma — quando existe espaço, porque nesse momento estão todos obstruídos”, afirmou.
Fonte: R7