
A demanda por crédito no Brasil recuou 2,5% em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado, e na comparação com julho de 2025, o recuo foi de 2,3%. Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC). O varejo, que historicamente tem grande peso no índice, registrou uma forte queda de 31% na comparação anual. Já em relação a julho, apresentou um leve crescimento próximo a 1%.
As microempresas, com faturamento de até R$ 360 mil, tiveram alta de 13% na comparação mensal, mesmo diante do cenário de retração. Já as companhias com faturamento anual acima de R$ 300 milhões tiveram recuo de 4% em relação a julho. Na comparação anual, porém, registraram crescimento de 7%.
Segundo Natália Heimann, líder da Business Unit de Dados & Analytics para Crédito da Neurotech, a explicação está no maior uso do crédito como ferramenta de sobrevivência: As micro empresas atuam com margens menores e menos acesso a capital de giro. Assim, acabam mais vulneráveis às oscilações da economia e recorrem ao crédito para manter suas atividades”, afirma.