
Com o avanço da anistia no Congresso e a definição do relator da proposta, o Palácio do Planalto agora se mobiliza para tentar reduzir os danos do projeto que pretende isentar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros aliados do julgamento da trama golpista.
O relator do texto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade), foi definido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), nesta quinta-feira (18).
Paulinho e Motta adotam um discurso de debate “equilibrado” e pela “pacificação” do país. “A ideia é um pouco essa, da pacificação, ou seja, a gente tentar construir um projeto que não seja nem tanto da direita, nem tanto da esquerda e que a gente possa pacificar o país”, afirma Paulinho.
A Câmara aprovou o requerimento de urgência ao projeto de lei que anistia os condenados pelos atos extremistas do 8 de janeiro de 2023 na quarta-feira (17). O placar foi de 311 a favor e 163 contra. A urgência leva a análise do projeto diretamente ao plenário da Casa, sem a necessidade de passar pelas comissões permanentes.
Segundo Paulinho da Força, o próximo passo é conversar com parlamentares da esquerda, direita e do centro para construir o projeto e votar o mais rapidamente possível. O deputado pontuou, ainda, que a principal ideia é tentar reduzir as penas dos condenados — o que ainda será conversado com outros deputados.
Ainda não se tem uma decisão sobre a inclusão da anistia a Bolsonaro e aliados no texto. Além de discutir com parlamentares, Paulinho da Força espera conversar com os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o texto, para não haver “conflito”.
Fonte: R7