
A Metrosul, empresa parceira da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan/Aegea) na Região Metropolitana, reiniciou os trabalhos de reparo da rede de esgoto rompida na área conhecida como Mato do Júlio, na cidade de Cachoeirinha. De acordo com a companhia, o serviço, de alta complexidade, teve sua primeira etapa concluída no sábado. A previsão é de que o trabalho seja finalizado até o final desta semana.
“O emissário de esgoto está localizado em uma área de mata fechada, com trechos alagados. O acesso restrito e o terreno instável impedem o uso de maquinário, exigindo que o trabalho seja realizado manualmente, aumentando a complexidade e o tempo das intervenções. A obstrução foi agravada pelo lançamento irregular de lixo na rede coletora”, explica o gerente de serviços da Corsan, Claudemir Braga.
A equipe atua na instalação de um gradil destinado a reter os resíduos que chegam pelo esgoto, prevenindo acúmulos e futuros entupimentos. Até o momento, já foi retirada uma tonelada de lixo da tubulação. Por se tratar de uma área de difícil acesso, particular e tombada, que não permite a entrada de equipamentos, o trabalho está sendo executado manualmente. Foram realizados alinhamentos com os órgãos públicos ambientais, tanto no Município quanto no Estado.
Além disso, conforme a Corsan, a empresa atuou com medidas para minimizar a intervenção na vegetação durante a substituição da tubulação. A operação busca conciliar a necessidade do reparo com a preservação da mata local, considerando as características ambientais da região. O fato veio a público após moradores do entorno procurarem a Câmara de Vereadores para denunciar o mau cheiro que vinha do local.
Logo após identificado o vazamento, a prefeitura foi acionada diante da contaminação do arroio Passinhos. A suspeita é de que o rompimento da tubulação tenha acontecido em meados de maio. A prefeitura de Cachoeirinha notificou a Corsan e informou a situação à Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam), e sugeriu à companhia a realização de medidas compensatórias. Também recomendou que a Corsan executasse a remoção da água estagnada na área arborizada.
Fonte: Fernanda Bassôa/Correio do Povo