
Começa na manhã desta terça-feira, 16, mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que vai decidir pela nova taxa de juros brasileira, a taxa Selic. No último encontro o comitê manteve a Selic, com indicação de que o período seria de observação dos efeitos da política monetária restritiva na inflação. Segundo o comitê, a intenção é de manter a taxa em 15% também nesta edição. No Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, 15, pelo Banco Central, as projeções dos analistas do mercado financeiro brasileiro para a taxa de juros se mantiveram em 15% ao ano. Já a inflação neste ano reduziu de 4,85% para 4,83%.
O arrefecimento da inflação e os dados setoriais que mostram desaceleração da economia na virada para o segundo semestre, já leva alguns economistas a pensarem em início de corte para a Selic A meta central de inflação é de 3% para 2025 – e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5%. Se o resultado continuar superando a meta, o BC terá de escrever e enviar uma nova carta pública ao ministro da Fazenda explicando os motivos. Desde janeiro de 2025, a inflação acumulada em 12 meses será comparada com a meta e seu intervalo de tolerância.
Se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Mesmo com a deflação de 0,11% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrada em agosto, a decisão do Copom tende a não se alterar. Isso porque a convergência das expectativas de inflação para o centro da meta de 3% ainda é algo ainda distante