
Os desafios e as possibilidades da educação especial na perspectiva da educação inclusiva e a realidade de estudantes com deficiência, com Transtorno do Espectro Autista e altas habilidades/superdotação são temas de discussão no seminário Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva: Possibilidades e Desafios, que acontece nesta segunda-feira na sede do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). A iniciativa é do Centro de Apoio Operacional da Educação, Infância e Juventude (CAOEIJ), com apoio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) do MPRS, e é dedicado a profissionais das redes municipais e estadual de educação, escolas privadas, promotores de Justiça e sociedade em geral.
Segundo a subprocuradora para assuntos institucionais do MPRS, Isabel Guarise Barrios, é necessário discutir formas de integração à educação da melhor forma possível. “O que precisa haver dentro das salas de aula, que tipo de capacitação necessitam os professores e o que uma escola precisa para acolher da melhor forma essas pessoas”, lista. Para a subprocuradora, a longo prazo, as crianças e adolescentes, maioria que frequenta a escola, podem ter uma convivência não diferente, mas diferenciada dentro do ambiente, e integrada com os demais colegas.
“Nós não podemos olhar a pessoa com deficiência, uma pessoa do transtorno do espectro autista, também destacando as altas habilidades, como alguém diferente dentro da escola. Ela tem que estar integrada, por isso se chama o aspecto da inclusão dessas pessoas no dia a dia da escola”, completou.
A programação conta com a participação de especialistas, educadores e promotores de Justiça do Ministério Público. Nos painéis, são tratados temas como educação especial na perspectiva inclusiva, caminhos para a inclusão desde a primeira infância e Formação e atuação dos professores de Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Nesta manhã, a promotora de Justiça do MPRS e coordenadora do Centro de Apoio da Educação, Infância e Juventude, Cristiane Della Méa Corrales, esteve presente nos painéis que trataram de educação especial na perspectiva inclusiva e do papel dos planos de atendimento educacional especializado e plano educacional individualizado. À tarde, um dos destaques será o depoimento de Eduarda Guerin, autista nível 2, musicista, violinista, escritora, pintora e ativista, que compartilhará sua vivência e trajetória. Os painéis da tarde também irão tratar de estratégias de inclusão para altas habilidades e superdotação, atuação normativa e fiscalizatória dos Conselhos de Educação e educação especial na perspectiva inclusiva.
Correio do Povo