
Precariedade na estrutura das delegacias, falta de efetivo e adoecimento dos policiais estão entre os problemas enfrentados pelos agentes que integram as forças da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, segundo o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado (ASDEP), Guilherme Wondracek.
Para expor as dificuldades da categoria, a associação realiza a campanha “RS Seguro. Até quando?”, em resposta a ação do governo do Estado intitulada “RS Seguro”, programa que tem como objetivo apresentar os indicadores do segmento e promover os serviços executados pelo setor.
De acordo com Wondracek, a maior dificuldade enfrentada pelos policiais não é a criminalidade, mas sim a defasagem das instituições. Segundo ele, a sobrecarga também reflete no aumento de casos de suicídios envolvendo profissionais da categoria.
Para atender a demanda, segundo o presidente, o efetivo da polícia deveria contar com ao menos nove mil e quinhentos agentes. Atualmente, as funções são distribuídas entre cinco mil e quinhentos, que atendem os quatrocentos e noventa e sete municípios do Estado.
Além da sobrecarga, Wondracek também apontou a falta de manutenção das estruturas.
Wondracek reforçou ainda que, para garantir a segurança da população e a valorização dos profissionais, é fundamental que o governo do Estado destine mais investimentos à categoria.
Em nota, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul apontou que, o efetivo da Polícia Civil vem se mantendo nos últimos anos, visto que, como comparativo, em 2018, o efetivo era de 4.976 e em dezembro de 2024, de 5.614. Destacou ainda que, neste governo, desde o ano de 2019, houve o ingresso de 1.890 policiais, entre delegados e agentes. Informou também que já está aprovada a realização de novo concurso, com previsão de 760 vagas, inicialmente, e que, dessa forma, a polícia civil segue trabalhando para a permanente recomposição do efetivo.