
Os planos de saúde registraram um lucro líquido de R$ 12,9 bilhões nos primeiros seis meses de 2025. O valor equivale a um aumento de 131,94% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). “O resultado é o maior, em termos nominais, da série histórica apresentada desde 2018, inclusive superior ao recorde anterior ocorrido no auge do isolamento social durante a pandemia de Covid-19″, afirma a agência em nota.
Um dos destaques é a queda da sinistralidade, que registrou no 1º semestre de 2025 o índice de 81,1% (2,7 pontos percentuais abaixo do apurado no mesmo período do ano anterior). Isso significa que aproximadamente 81,1% das receitas provenientes das mensalidades foram destinadas às despesas assistenciais. Este é o menor índice registrado para um 1º semestre desde 2018 — à exceção de 2020, quando a sinistralidade foi ainda mais baixa em razão dos efeitos da pandemia.
Essa redução é explicada principalmente pela recomposição das mensalidades em proporção superior à variação das despesas assistenciais, movimento percebido no setor desde 2023 e mantido no período observado. As operadoras médico-hospitalares são o principal segmento do setor e juntas atingiram um lucro líquido de R$ 12,4 bilhões no agregado, fortemente impulsionado pelo aumento do resultado operacional e a contribuição do resultado financeiro.
As operadoras médico-hospitalares de todos os portes tiveram aumento no resultado líquido. As de grande porte registraram, em números agregados, R$ 9,7 bilhões de lucro líquido no 1° semestre de 2025, (114% a mais que o mesmo período do ano anterior). Já as de médio porte foram responsáveis pelo maior crescimento percentual em relação ao mesmo período do ano anterior: 622%, totalizando R$ 2 bilhões.
(*) com R7