
O Secretário da Gestão do Trabalho em Saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proença, esteve em Pelotas nesta sexta-feira para anunciar o novo protocolo e diretrizes para o rastreamento do câncer do colo de útero. O anúncio contou com a presença de autoridades do município aconteceu na Unidade Básica de Saúde do bairro Guabiroba. A nova tecnologia do Sistema Único de Saúde (SUS) será utilizada para rastreio da doença por coleta de PCR para HPV. O exame é indicado para mulheres a partir dos 25 anos, sendo mais rápido, seguro e menos invasivo. “É uma tecnologia para a prevenção do câncer no colo de útero, mas que ainda precisava de uma maior adesão, participação e de um maior número de exames”, destaca Proença. Ele garante que com a nova tecnologia sendo implantada pelo Ministério da Saúde, o tempo de espera em filas para exames deve diminuir. “Além disso, irá melhorar o diagnóstico de lesões que podem levar ao câncer do colo do útero e que, portanto, vai otimizar a prevenção”, observa. Ele conta que Pelotas foi escolhida para implantar a tecnologia por ter uma. Gestão do SUS com um bom alcance de equipes de saúde da família de unidades básicas de saúde”, confirma.
O rastreio, com coleta de papilomavírus humano (HPV), não será limitado ao tradicional exame citopatológico. A cidade faz parte com outras 11 cidades brasileiras da uma cadeia nacional. O exame é uma inovação tecnológica do SUS e terá a experiência de implantação em todo o país. “Estamos seguindo determinados a reduzir as filas de espera em todas as áreas da saúde e antes mesmo de implantar oficialmente medidas locais para este fim já estamos avançando a adesão a programas”, enfatiza o prefeito Fernando Marroni.
O processo será implantado primeiramente nas unidades de saúde da Guabiroba e do Py Crespo. A secretária municipal de Saúde, Ângela Vitória, espera que isso seja possível no mês de setembro. “O treinamento já começa com as equipes Depois, com o passar do tempo o exame passará a ser ofertado também para outras unidades de saúde”, garante Vitória. Equipes do Ministério e também da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), que ajudou a desenvolver essa tecnologia, também vão estar disponíveis para realizar os treinamentos para ir ampliando a utilização do exame na cidade.
O teste detecta HPVs de alto risco oncogênicos. Ele não detecta lesão no colo do útero, mas, sim, o principal fator etiológico do câncer cervical, que é a infecção pelo HPV. Utiliza-se da coleta com haste flexível (recorrente para a coleta de material nasas na época da pandemia de coronavírus). A mulher cuja testa não tiver detectado HPV, só precisa repeti-lo em cinco anos. Acredita-se que a autocoleta, permitida neste caso, poderá ampliar o número de mulheres rastreadas por facilitar o procedimento.
Fonte: Angélica Silveira / Correio do Povo