
A manhã de terça-feira foi de movimento intenso em frente às 91 escolas da rede municipal de Novo Hamburgo diante da retomada das atividades escolares para os cerca de 23 mil estudantes matriculados no município, após dois dias de suspensão. As escolas permaneceram fechadas nos dias 8 e 11 de agosto por determinação do prefeito Gustavo Finck por conta da suspeita de um suposto ataque que chegou ao conhecimento das autoridades de segurança. Tudo indica que a rotina escolar voltou à normalidade diante do vai e vem das crianças arrastando as mochilas de rodinhas junto com o barulho do transporte escolar e a correria dos estudantes descendo apressados dos automóveis, cruzando o portão da escola para não perder o primeiro sinal.
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental, Imperatriz Leopoldina foi assim. A sensação de segurança era compartilhada pela presença da Guarda Municipal em frente ao portão da escola. Muitos pais e responsáveis acompanhavam a entrada dos filhos de perto. A mãe de uma das estudantes de 8 anos, Eliane de Souza Zordan, disse que não gostou da suspensão das aulas porque a criança acaba saindo da rotina, mas afirmou que recebeu a notícia do suposto atentado com muita preocupação.
“A gente nunca espera que isso possa acontecer próximo de onde vivemos, em nossa comunidade, com os nossos filhos. Eu espero que a partir de agora as medidas de segurança sejam mais rigorosas, mas mesmo assim o receio e o medo permanecem.” O avô de dois meninos, Cesar Carlos Gerhardt, disse que a situação é tensa, mas ficou mais tranquilo ao ver a presença da Guarda Municipal. “Eu fiquei apavorado quando soube do motivo da suspensão das aulas”, disse ele, esperando que a segurança na cidade seja reforçada.
A diretora da escola Caroline Koch, destacou que este foi um momento inédito na rede de educação, mas que foi prudente a prefeitura determinar a suspensão das aulas. “É momento de retomar este acolhimento, de validar as emoções e ver as crianças retornando nos dá uma alegria. A escola é lugar da proteção da infância e nós professores temos que cumprir com a nossa função que é garantir aprendizagem deles de todas as formas.”
Fernanda Bassôa/Correio do Povo