
O tarifaço de Trump, que começou a valer oficialmente na última semana, impôs aumento de até 50% nas tarifas de importação sobre produtos brasileiros, afetando diretamente a competitividade de empresas que exportam para os Estados Unidos. O Brasil exportou US$ 276 bilhões em 2024, e as exportações para os EUA representaram cerca de 14,4% desse valor, ou US$ 39,7 bilhões. A imposição dessas tarifas elevadas coloca uma pressão adicional sobre empresas de setores como agronegócio, indústria e varejo, que enfrentam o aumento dos custos de exportação, junto com a queda nas margens de lucro. Nesse cenário de custos elevados e incerteza econômica, muitas dessas empresas precisam urgentemente de estratégias fiscais para mitigar esse impacto. Uma dessas estratégias é a revisão tributária, que pode se tornar um verdadeiro diferencial para recuperar valores pagos a mais e otimizar a gestão fiscal.
Segundo um estudo inédito conduzido pelo Grupo Studio com 3.864 empresas, que juntas faturam R$ 265,63 bilhões, 94,23% dessas empresas possuem créditos tributários a recuperar, com uma média de R$ 1,2 milhão por cliente. “Esse valor representa uma oportunidade significativa para aliviar o fluxo de caixa das empresas, permitindo que elas enfrentem os efeitos do tarifaço de maneira mais resiliente”, afirma Carlos Braga, CEO da empresa. Com a carga tributária brasileira já atingindo 32,32% do PIB, o maior índice desde 2010, muitas empresas estão pagando mais impostos do que o necessário devido a falhas operacionais ou falta de planejamento fiscal adequado. “A revisão tributária é uma ferramenta estratégica essencial para garantir que essas empresas possam recuperar os recursos que foram pagos indevidamente e, assim, reinvestir esses valores em suas operações, tornando-se mais competitivas no cenário internacional”, complementa Braga.
Além de permitir a recuperação de créditos tributários,o serviço possibilita que as empresas ajustem sua estratégia fiscal de acordo com a nova realidade do mercado. O aumento das tarifas exige que as empresas busquem alternativas para reduzir seus custos operacionais, e uma das formas mais eficazes de fazer isso é através da otimização da carga tributária. A revisão tributária não se limita apenas à recuperação de créditos passados, mas proporciona uma gestão fiscal mais eficiente, que ajuda a minimizar os impactos das tarifas externas. Esse ajuste pode incluir a identificação de isenções fiscais, a reformulação de bases de cálculo de impostos e a utilização de incentivos fiscais que muitas empresas, especialmente as exportadoras, deixam de aproveitar.
O uso eficiente dos créditos tributários pode, por exemplo, ajudar a reinvestir em inovação, aumentar a capacidade de produção ou até mesmo expandir para novos mercados. Em momentos de crise fiscal externa, como o imposto pelo tarifaço, a revisão tributária não é apenas uma questão de conformidade fiscal, mas uma estratégia ativa para proteger os recursos financeiros da empresa e garantir sua resiliência no mercado global. Para Carlos Braga, com a projeção de juros elevados até 2025 e a inflação em alta, o planejamento tributário eficaz é mais importante do que nunca. “Em um cenário onde as empresas estão sendo pressionadas por tarifas externas e pela incerteza fiscal interna, a revisão tributária é a solução mais eficaz para garantir que as empresas sobrevivam e cresçam em tempos difíceis. Recuperando créditos, otimizando a carga tributária e melhorando o planejamento fiscal, as empresas podem enfrentar o tarifaço de Trump com mais segurança e competitividade, garantindo sua sustentabilidade no longo prazo”, conclui.