
As últimas famílias que residiam na área do dique do Sarandi, na Rua Aderbal Rocha de Fraga, na zona Norte de Porto Alegre, deixaram suas casas ainda na quinta-feira. A saída ocorreu após ordem judicial para reintegração de posse da prefeitura, para a liberação e retomada das obras no sistema de proteção contra cheias.
Conforme o secretário Municipal da Habitação, André Machado, das 56 famílias que residiam no local, a última foi acolhida em uma casa modular, alternativa habitacional disponibilizada pela prefeitura, quando não possuem outra opção de moradia. Até o final das obras, estima-se que mais de mil famílias passem pelo mesmo processo.
Questionado por moradores sobre o desencontro de informações e a burocracia enfrentada pelas pessoas que aguardam pelos programas de assistência, entre eles, o Compra Assistida, iniciativa do Governo Federal para beneficiar as famílias com um imóvel no valor de duzentos mil reais, o secretário argumentou que, interferências tem ocorrido, porém, que a informação passada pelas equipes da prefeitura é a mesma desde o início do processo. Atualmente, mais de mil famílias do Sarandi estão habilitadas para o programa.
Ainda em relação ao Compra Assistida, de acordo com o titular da pasta, devido à impossibilidade da entrega imediata, o governo municipal tem ofertado o programa Estadia Solidária, que oferece um auxílio de mil reais às famílias, para prestar assistência durante o período em que os moradores aguardam pelos imóveis.
Segundo o secretário, em Porto Alegre, mais de quatro mil famílias estão habilitadas para o Compra Assistida, com mais de dois mil contratos assinados.