O Índice de Confiança do Empresário do Comércio no Rio Grande do Sul (ICEC-RS) apontou 93,8 pontos em junho e cresceu pelo terceiro mês seguido na margem (+ 1,2%). Os dados foram divulgados pela Fecomércio-RS e foram coletados nos últimos 10 dias de maio, em Porto Alegre. Dessa forma, houve manutenção abaixo da linha dos 100,0 pontos, sinalizando um cenário de pessimismo entre os empresários.
Em relação a junho de 2024, o resultado foi apenas 0,5% maior, mas interrompeu uma série de 29 quedas marginais sequenciais nessa base de comparação. O ICAEC (subíndice de Condições Atuais) registrou aumento de 8,4% na margem e interrompeu uma série de 7 quedas marginais sequencias. Frente a junho de 2024, o resultado ainda foi 9,3% inferior, na sétima queda consecutiva. J
á o IEEC (subíndice de Expectativas) registrou aumento de 0,6% na margem. Essa foi a quarta alta marginal consecutiva para o subíndice. Já na comparação com junho de 2024 as expectativas recuaram 0,9%, na 25ª queda consecutiva. O subindicador de investimentos (IIEC) registrou queda de 2,2% na margem. Na comparação interanual, o IIEC registrou aumento de 9,6%, o primeiro aumento após 5 quedas sequenciais na margem.
Dessa forma, o quadro geral do ICEC é de recuperação moderada, ainda em um contexto de muita incerteza para os empresários, especialmente no que se refere aos impactos da política monetária e seus efeitos. Enquanto a situação atual melhora na margem, junto com as expectativas, os investimentos apresentaram recuo. O índice segue oscilando e parece iniciar uma trajetória de recuperação após longos períodos de queda. Os dados de atividade seguem revelando uma conjuntura de demanda aquecida e um mercado de trabalho que sustenta o consumo.
Estima-se, todavia, que a economia brasileira vá desacelerar nos próximos meses, com o amadurecimento dos efeitos da política monetária brasileira e a perda do impulso de fatores que deram dinamismo à economia na primeira metade do ano (reajuste do salário mínimo e safra). “O ambiente de confiança apresentou melhora e tem esboçado uma trajetória mais positiva. Todavia, prevalece a incerteza quanto ao futuro, especialmente diante da expectativa de desaceleração da atividade para o segundo semestre”, comentou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.