Dez dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional expandiram a produção na passagem de fevereiro para março, quando o índice nacional cresceu 1,2%. Os maiores avanços foram registrados Amazonas (5,6%), Espírito Santo (4,6%), Pará (4,6%) e Rio de Janeiro (4,5%), enquanto Pernambuco (-5,0%) assinalou a queda mais intensa. No Rio Grande do Sul o resultado foi negativo em -1,2% na comparação com fevereiro.
Na comparação com março do ano passado, a alta de 3,1% foi acompanhada por 11 dos 18 locais pesquisados. No acumulado em 12 meses, o avanço de 3,1% do setor industrial foi acompanhado por 14 das 18 localidades, porém, apresentando maior dinamismo em apenas nove. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“A indústria nacional cresceu 1,2% após cinco meses sem crescimento significativo. Este crescimento no mês de março vem como um movimento compensatório a esse período sem crescimento. Vale lembrar que fatores macroeconômicos ainda impactam a cadeia produtiva, como a inflação acelerada, afetando diretamente a renda disponível das famílias, principalmente, no que tange o setor alimentício e a cesta básica. Temos também a taxa de juros em patamares elevados, a redução na concessão do crédito impactando negativamente os investimentos com relação à produção industrial, o que arrefece o ritmo de produção. Isso explica um pouco a trajetória que vem desde outubro de 2024”, contextualiza o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.
COMPARAÇÃO
A produção industrial do país cresceu 3,1% na comparação com março do ano passado, com resultados positivos em 11 dos 18 locais pesquisados pela PIM Regional, sendo que março de 2025 (19 dias) teve 1 dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (20). Paraná (15,1%), Santa Catarina (9,3%) e Pará (9,1%) assinalaram os avanços mais acentuados nessa comparação. No Rio Grande do Sul, o percentual negativo chegou a -2,5%. No acumulado deste ano o crescimento é de 0,8%, caindo para 0,2% positivo no acumulado de 12 meses.
No Paraná, a alta foi impulsionada, principalmente, pelo comportamento positivo observado nos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis; produtos químicos; produtos alimentícios; máquinas, aparelhos e materiais elétricos; veículos automotores, reboques e carrocerias; e máquinas e equipamentos.
O acumulado nos últimos 12 meses, ao avançar 3,1% em março de 2025, permaneceu mostrando taxa positiva, intensificando o ritmo de crescimento frente aos resultados de fevereiro e janeiro. Quatorze dos 18 locais pesquisados registraram taxas positivas em março de 2025, mas nove apontaram maior dinamismo frente aos índices de fevereiro. Paraná (de 4,1% para 6,5%), Amazonas (de 0,3% para 1,5%), Santa Catarina (de 7,7% para 8,7%), Mato Grosso do Sul (de 1,9% para 2,8%) e Bahia (de 1,8% para 2,5%) assinalaram os principais ganhos entre fevereiro e março de 2025, enquanto Rio Grande do Norte (de -1,1% para -4,0%), Pernambuco (de 0,7% para -0,5%) e Maranhão (de 1,0% para 0,4%) mostraram as perdas de ritmo mais acentuadas entre os dois períodos.