Próximo pagamento do INSS já poderá ter ressarcimento, diz Alckmin

Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) confirmou, neste domingo (11), que a Caixa avalia alternativas para atender aposentados e pensionistas afetados por descontos irregulares no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

Segundo Alckmin, a intenção é conceder apoio aos que precisarem de atendimento presencial por dificuldade de acesso à internet e aos sistemas digitais. A consulta para saber se foi vítima de fraude e futuros ressarcimentos precisarão ser feitos de forma on-line, pelo Meu INSS.

“Tudo será feito, a maior parte, através de plataforma, do Meu INSS. Agora, tem pessoas que têm dificuldade ou não têm internet, então a Caixa Econômica Federal está estudando uma maneira, por ela ter uma rede muito bem distribuída no país, e ajudar quem precisar no atendimento presencial”, afirmou Alckmin a jornalistas, em evento em São Paulo.

O vice-presidente, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, disse ainda que descontos irregulares foram “totalmente suspensos” e que o instituto vai ressarcir parte de valores a partir do próximo pagamento de aposentados e pensionistas.

Segundo o INSS, a previsão é de restituir R$ 292 milhões a partir do próximo dia 26. O montante corresponde a valores descontados entre os meses de abril e maio.

O cronograma de pagamento de outros descontos irregulares deverá ser definido até o final deste mês. O plano está sendo elaborado pelo governo e passa pela previsão de devolução de descontos ilegais pelas entidades que atuararam no esquema de fraudes.

Na última semana, a AGU (Advocacia-Geral da União) determinou que 12 associações devolvam valores que somam R$ 2,5 bilhões. Esse montante será uma das formas para compor o retorno financeiro às vítimas dos desvios, segundo o vice-presidente.

“Bloqueio de bens de entidades e empresas para ressarcimento daqueles que foram lesados, que não autorizaram nenhum desconto, mas que tiveram desconto”, disse. “Destacar também o governo, através do meu INSS, já comunicou perto de 20 milhões de pessoas que não tiveram nenhum desconto. Já foram avisados e aqueles que não foram avisados vão poder através da plataforma meu INSS, dizer se autorizaram ou não. Se não autorizaram, já vai ser comunicada a entidade para devolução imediata”, completou.