O segmento de bares e restaurantes gaúcho projeta crescimento de vendas no Dia das Mães. Entre estes, 8% estimam um crescimento expressivo no lucro, acima de 31%, enquanto 7% projetam alta entre 21% e 30%. Já 34% preveem crescimento moderado, entre 6% e 20%, e 20% apostam em um aumento leve, de até 5%. Por outro lado, 20% dos estabelecimentos acreditam que o faturamento será igual ao do ano anterior, enquanto 1% prevê queda. Os 10% restantes informaram que não abriram no Dia das Mães do ano passado.
Para a presidente da Abrasel no RS, Maria Fernanda Tartoni, os dados reforçam o clima de otimismo no setor. “O Dia das Mães é tradicionalmente a segunda melhor data para o setor, e este ano não deve ser diferente. A expectativa positiva, inclusive, já nos faz olhar com bons olhos para o Dia dos Namorados, que costuma ser o melhor momento em termos de faturamento”.
A pesquisa também apontou que, em março, 31% dos bares e restaurantes operaram com prejuízo, uma melhora de 9 pontos percentuais em comparação a fevereiro. Já 43% registraram lucro, enquanto 25% mantiveram estabilidade financeira. O 1% restante corresponde a estabelecimentos que ainda não estavam em atividade no mês anterior.
“Com a melhora observada em março, quando menos empresas operaram em prejuízo em comparação com fevereiro, especialmente por conta do movimento gerado pelo Carnaval, o setor começa a respirar com mais alívio”, acrescenta Maria Fernanda. “Esse resultado é um sinal de confiança para os empresários, e uma oportunidade real de recuperação e crescimento após um ano difícil para a maioria dos gaúchos”, finaliza.
PREÇOS
A Abrasel no RS também constatou que 31% dos estabelecimentos não aumentaram os preços nos últimos 12 meses, mesmo diante da inflação. Entre os que fizeram reajustes, 58% repassaram valores iguais ou inferiores à inflação, enquanto apenas 11% conseguiram fazer reajustes acima do índice inflacionário do período.
Além dos desafios com inflação e faturamento, a pesquisa também revelou que 34% das empresas do setor estão com dívidas em atraso. Os principais débitos são relacionados a impostos federais (83%), impostos estaduais (49%) e empréstimos bancários (37%).