Analistas projetam o fim das elevações da taxa de juros

Estimativa considera a possibilidade de manutenção do indicador pelas próximas duas reuniões do Copom

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A decisão sobre a taxa Selic pelo Banco Central de aumento de 0,50 pontos percentuais para 14,75% pontua questões das tarifas norte-americanas, mas deixa claro que estamos numa convergência mais calma de inflação. Analistas consideram a possibilidade de manutenção do indicador pelas próximas duas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

“E quem sabe, se os preços começarem a convergir para baixo, a gente consiga, em vez de ir para 15%, voltar pelo menos para 14,25%”, diz Alison Correia, analista de investimentos e sócio-fundador da Dom Investimentos. Ele projeta que o mercado financeiro nesta quinta-feira, terá uma movimentação de alta para a Bolsa e de uma movimentação de queda para o dólar comercial.

Já Marcelo Bolzan, sócio da The Hill Capital, entendeu que o que chamou mais atenção foi o comentário sobre a questão da política comercial nos Estados Unidos, e os riscos, seja para a inflação mais alta ou mais baixa, que mais elevados. “De uma forma geral, nesse ambiente de desaceleração econômica, de maior redução da atividade global, os preços das commodities vieram para baixo. Isso tem um impacto desinflacionário. Então foi uma novidade aqui enfatizando a política comercial nos Estados Unidos, que gera uma incerteza maior, e ele trouxe aqui essa novidade, que é o preço de commodities mais baixo para esse balanço de riscos do Banco Central”, comenta.

Para ele, ao deixar em aberto os próximos movimentos, pode significar um novo aumento de 0,25 para a próxima reunião do Copom e aí sim, a Selic chegando em 15% e finalizando esse processo de subida de juros.