Como já era previsto, a Lagoa dos Patos está cheia e começou a receber as águas que vem do rio Guaíba. Com ventos em direção leste, sudeste, algumas ruas do centro de Rio Grande em uma área mais baixa e as ilhas começaram a ficar alagadas. A prefeitura do município possui três abrigos abertos de forma preventiva, que até a tarde deste sábado não haviam sido procurados por moradores do município. Um fica na escola França Pinto (voltado a moradores da área urbana), outro no Salão Paroquial do Povo Novo (referência para região das ilhas e interior) e um terceiro destinado às famílias atípicas, na igreja do Salvador.
A rua Marechal Floriano, no centro, entre a orla da Lagoa dos Patos até o cruzamento com a rua João Salomão precisou ser bloqueada devido aos alagamentos. Segundo a régua do Centro de Convívio Meninos do Mar estava com 1,01m (21 centímetros acima da cota de inundação). A previsão é que até este domingo a elevação deva ser mais intensa. Devido à elevação da Lagoa, o transporte por balsa que leva a ilha dos Marinheiros precisou ser interrompido. Na Ilha da Torotama, os moradores solicitaram auxílio da prefeitura para remover móveis e eletrodomésticos para a casa de amigos e familiares em locais mais altos do município.
A Universidade Federal do Rio Grande (FURG) confirmou que não há nada que indique uma inundação semelhante à de 2024 neste final de semana, mas é necessário que as pessoas estejam atentas. A defesa civil da cidade segue alerta para atender a população da orla e os mais vulneráveis. O comitê de crise funciona de forma ininterrupta. A orientação é que, se possível, pessoas que venham a ser atingidas pela enchente que levantem os móveis e separem roupas, documentos e receitas médicas. Além disso, os animais não devem ficar presos dentro de casa.