Grêmio vence o Santos e deixa a zona do rebaixamento

Mano Menezes desencanta na Arena com gol de Christian Oliveira

Cristian Oliveira marcou o gol da vitória do Grêmio sobre o Santos - Foto: Pedro Piegas / CP

Felipão e Mano Menezes, que desceram juntos do ônibus na chegada à Arena, devem ter ficado mais que satisfeitos com o 1 a 0 diante do Santos, neste domingo. Não somente porque o resultado tirou o time da zona do rebaixamento com oito pontos, mas porque foi construído à base de muito esforço, algo que marcou as trajetórias do atual e do ex-treinador no clube que retornaram recentemente. O próximo compromisso é na quarta-feira, em Lima, diante do Atlético Grau, pela Sul-Americana.

De formas e momentos diferentes o primeiro tempo evidenciou equipes que irão exigir bastante trabalho dos praticamente recém chegados Mano e Cleber Xavier. Na primeira metade o Grêmio, com Cristaldo retomando a titularidade, tentou atacar na base da velocidade de Christian Oliveira. O camisa 10, porém nada criou. Pelo lado esquerdo o uruguaio até vencia a marcação, mas sem êxito nos desfechos das jogadas. Nem quando decidiu chutar nem quando serviu os companheiros. Amarelar dois zagueiros foi a maior consequência.

Pelo mesmo lado esquerdo, mas na parte marrom onde a terra prevalece à grama da Arena, Soteldo dominou as ações. Com ele o perigo sempre rondou a meta de Volpi, ainda que a bola não tenha ido nenhuma vez na direção do gol. Diante de espaços á frente da área e se aproveitando da afoitesa de Igor Serrote à direita da zaga gremista, o venezuelano relembrou os tempos de Grêmio quando só ele foi um sopro de criatividade. Não precisou sequer o apito do juiz anunciando o intervalo para que a torcida vaiasse um time sujeito às rédeas de um visitante ainda pior que ele na tabela. Antes dos 40, o ambiente no estádio era de que o 0 a 0 foi o que de melhor aconteceu.

“Temos que arriscar um pouco mais e tentar jogar por dentro foi o que o Mano pediu para a gente”, disse Edenilson que ficou no vestiário para dar lugar a Alysson.

O segundo tempo foi ainda mais abaixo. Kike Oliveira não repetiu a mesma energia e Soteldo foi mais vigiado. Portanto, os treinadores se obrigaram a fazer trocas no intuito de que alguma individualidade pudesse produzir algo diferente do que o futebol arrastado e às vezes até constrangedor em determinados momentos. Até que aos 32 minutos um lance com esse caráter alterou o placar. Aos trancos e barrancos Alysson tentou penetrar na área, mas foi bloqueado. Monsalve pegou a bola, ajeitou para Camilo, o terceiro a vir do banco. O volante chutou prensado e a bola caiu para Christian Oliveira livre arrematar e vencer Gabriel Brazão.

Logo depois de comemorar o gol o torcedor começou a reviver as três últimas partidas quando o Grêmio saiu na frente e cedeu o empate. O Santos pressionou e quase marcou em cabeçada de Zé Ivaldo sozinho dentro da área. Nos instantes finais, Mano, o estreante da tarde na Arena, comandava os reservas fazendo sinais com as mãos pedindo o fim do jogo. E ele veio, assim como o alívio de uma vitória que não acontecia há seis jogos.

⁠Grêmio: Tiago Volpi; João Pedro, Jemerson, Wagner Leonardo e Marlon; Dodi e Cuéllar (Camilo); Edenilson (Alyson), Cristaldo (Monsalve) e Cristian Olivera (Viery); Braithwaite (Arezo). Técnico: Mano Menezes
Santos: Gabriel Brazão, Luisão (JP Chermont), Zé Ivaldo, Luan Peres e Escobar (Kevyson); Tomás Rincón, João Schmidt (Mateus Xavier) e Thaciano; Rollheiser (Bontempo) , Soteldo e Deivid Washington (Tiquinho Soares). Técnico: Cleber Xavier
Árbitro: Bruno Arleu de Araujo (RJ)