As transações correntes do balanço de pagamentos foram deficitárias em US$2,2 bilhões em março de 2025, comparado com déficit de US$4,1 bilhões em março de 2024. Na comparação interanual, o superávit comercial aumentou US$1,3 bilhão, o déficit em serviços aumentou US$460 milhões e o déficit em renda primária recuou US$895 milhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 28, pelo Banco Central (BC).
O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em março de 2025 somou US$68,5 bilhões (3,21% do PIB), ante US$70,3 bilhões (3,28% do PIB) no mês anterior e US$26,3 bilhões (1,17% do PIB) em março de 2024. O superávit da balança comercial de bens atingiu US$7,6 bilhões em março de 2025, ante superávit de US$6,4 bilhões em março de 2024. As exportações de bens totalizaram US$29,4 bilhões, aumento de 5,3% na comparação interanual, enquanto as importações de bens aumentaram 0,9%, na mesma base de comparação, totalizando US$21,8 bilhões.
O déficit na conta de serviços totalizou US$4,4 bilhões em março de 2025, aumento de US$460 milhões em relação a março de 2024. Nessa base de comparação, aumentaram as despesas líquidas de serviços de propriedade intelectual, 70,5%, totalizando US$1,1 bilhão; de transportes, 20,3%, totalizando US$1,1 bilhão; e de aluguel de equipamentos, 15,2%, acumulando US$1,1 bilhão. As despesas líquidas com viagens internacionais aumentaram 0,2%, para US$766 milhões, resultado dos aumentos de despesas, 13,4% (para US$1,5 bilhão), quanto de receitas, 30,6% (para US$773 milhões).
INVESTIMENTOS DIRETOS
O déficit em renda primária somou US$5,8 bilhões em março de 2025, redução interanual de 13,4%. As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$3,8 bilhões, ante US$4,4 bilhões em março de 2024. As despesas líquidas com juros somaram US$2,0 bilhões, 13,7% inferiores às de março de 2024, US$2,3 bilhões.
Os investimentos diretos no país (IDP) registraram ingressos líquidos de US$6,0 bilhões em março de 2025, ante US$10,2 bilhões em março de 2024. Houve ingressos líquidos de US$3,8 bilhões em participação no capital e de US$2,1 bilhões em operações intercompanhia. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$68,2 bilhões (3,19% do PIB) em março de 2025, ante US$72,5 bilhões (3,38% do PIB) em fevereiro de 2025 e US$64,1 bilhões (2,85% do PIB) em março de 2024.
Os investimentos em carteira no país somaram saídas líquidas de US$1,8 bilhão em março de 2025, comparadas a ingressos líquidos de US$1,1 bilhão em fevereiro de 2025. Os investimentos em ações e fundos de investimento no mercado doméstico acumularam saídas líquidas de US$939 milhões. Os investimentos em títulos no mercado doméstico tiveram saídas líquidas de US$841 milhões no mês, ante ingressos líquidos de US$48 milhões no mês anterior. Nos doze meses encerrados em março de 2025, os investimentos em carteira no mercado doméstico tiveram saídas líquidas de US$6,1 bilhões.
Já as reservas internacionais somaram US$336,2 bilhões em março de 2025, aumento de US$3,6 bilhões em relação a fevereiro de 2025. Contribuíram para aumentar o estoque de reservas as variações por paridades, US$2,4 bilhões, por preços, US$437 milhões, e as receitas de juros, US$721 milhões.