
Um levantamento do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) revela que mais de 60% dos empréstimos concedidos pelo programa Crédito do Trabalhador foram destinados a pessoas com renda de até quatro salários mínimos. Entre os dias 21 de março e 9 de junho, esse grupo contratou cerca de R$ 7 bilhões, de um total de R$ 14,6 bilhões liberados no período.
Ainda segundo os dados do ministério, trabalhadores com renda entre quatro e oito salários mínimos representaram 18,82% das contratações. Já os que recebem acima de oito salários responderam por 18,57%. Até a última segunda-feira, 16, o programa já havia alcançado R$ 15,9 bilhões em contratações, beneficiando mais de 2,6 milhões de trabalhadores em todo o país.
ESTADOS
- São Paulo: R$ 4,5 bilhões
- Rio de Janeiro: R$ 1,3 bilhão
- Minas Gerais: R$ 1,3 bilhão
- Paraná: R$ 1 bilhão
- Rio Grande do Sul: R$ 1 bilhão
- Bahia: R$ 710 milhões
- Santa Catarina: R$ 699 milhões
- Goiás: R$ 557 milhões
- Pará: R$ 551 milhões
- Ceará: R$ 473 milhões
O Distrito Federal se destaca com a maior média de valor contratado por trabalhador: R$ 7.716,02. A média nacional é de R$ 5.958,78.
JUROS
A taxa média de juros do programa tem caído e chegou a 3,47% ao mês. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o governo não permitirá “juros incompatíveis” com a proposta do programa. “Esse programa é inclusivo. Estamos contemplando pessoas que antes não tinham acesso a crédito com juros baixos, como trabalhadores domésticos. O antigo consignado favorecia quem ganhava mais de oito salários mínimos”, destacou Marinho.
As instituições financeiras têm priorizado trabalhadores com maior tempo de vínculo empregatício. Entre os que recebem de um a dois salários mínimos, o tempo médio na empresa é de 119 meses. Para quem ganha entre dois e quatro salários, a média sobe para 155 meses. Já entre os que recebem acima de oito salários, o tempo médio é de 192 meses.
A média dos valores contratados também varia por faixa salarial. Trabalhadores com até dois salários mínimos contrataram, em média, R$ 3.391,60. Já os que ganham acima de oito salários contrataram, em média, R$ 9.079,23.