Prateleiras quase vazias, filas e saldão: como foi a busca por chocolates de quem deixou as compras de Páscoa para última hora

Esta é considerada a segunda melhor data para o comércio

Movimento intenso no Comércio no Centro de Porto Alegre neste sábado para a Páscoa | Foto: Pedro Piegas

Aos que deixaram a compra dos presentes desta Páscoa para a última hora, foi preciso contentar-se com o que restou. Parreiras e prateleiras quase vazias, filas e até saldão de chocolates foi a marca do sábado em boa parte das lojas do centro de Porto Alegre.

A caça aos ovos transformou-se em barras e caixas de bombons para a dona de casa Carla Eustáquio Conceição, 32 anos. A moradora da Lomba do Pinheiro acordou cedo, antes das 8h, para tentar a sorte em busca de promoções, mas não gostou do que encontrou. “Só achei ovos grandes e bem mais caros. E tinha até uns quebrados, aí tem que chamar o gerente para dar desconto, acaba demorando e nem vale tanto a pena a diferença. Levei barras e caixas de bombons, que são mais baratas”, contou.

Em lojas com preços mais populares, o problema foi as filas. A diarista, Marta Garcia Rafaelli, 62 anos, veio de Cachoeirinha atrás dos presentes dos netos no Centro Histórico. Chegou por volta das 10h e demorou 50 minutos entre entrar na loja, escolher e pagar. “Muita fila, tinha o que eu queria, tem bastante coisa com desconto, só tem que ter paciência”, advertiu.

E teve ainda os que buscaram alternativas ao chocolate. O frentista Eduardo Rosa Oliveira, 29 anos, comprou brinquedos para os filhos. “Já vão ganhar chocolates das dindas, aí é muito doce”, afirmou o morador do bairro Humaitá.

Neste sábado, a preocupação também é com o almoço do domingo de Páscoa. O Mercado Público, no Centro Histórico de Porto Alegre, recebeu um número considerável de consumidores. A proprietária da banca Comercia Martini e ex-presidente da Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), demonstra satisfação com as vendas da Semana Santa.

“Esse ano foi muito bom, mesmo! Diria que nunca a palavra Páscoa combinou tanto, é uma renovação após a tragédia do ano passado, minha e das minhas clientes”.

A Federação das Câmaras de Comércio e de Serviços do Rio Grande do Sul (FCCS-RS) prevê um aumento de 5% nas vendas relacionadas à Páscoa 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Isso deve representar uma injeção de aproximadamente R$ 250 milhões no comércio gaúcho.

O presidente da FCCS-RS, Vitor Augusto Koch, explica que a cautela na hora da compra abre espaço para presentes mais acessíveis. Roupas infantis e brinquedos também viram alternativa nesta data.

Ainda de acordo com a entidade, neste sábado de Páscoa deve ser registrado o segundo maior volume de vendas do ano para o comércio, ficando atrás apenas do Natal.