Embora o índice de devedores no Rio Grande do Sul tenha registrado leve queda na variação mensal de maio para abril (-0,08%), o mais recente relatório do SPC Brasil, com apoio da Federação Varejista do RS, mostra que, no período de um ano, mais consumidores gaúchos entraram na lista de negativados. Entre maio de 2024 e o mesmo mês deste ano, o documento aponta um aumento de 10,34% no número de inadimplentes no Estado, ficando acima tanto da média nacional (6,28%) quanto da média da região Sul (6,64%).
Em maio de 2025, cada consumidor negativado no Rio Grande do Sul devia, em média, R$ 4.996,46 na soma de todas as dívidas. Os dados ainda mostram que a maior parte dos consumidores gaúchos com débitos (30,38%) deve até R$ 500,00, percentual que chega a 43,68% quando observadas contas a pagar de até R$ 1 mil.
O número de dívidas em atraso também cresceu no mesmo período de um ano analisado pelo SPC Brasil em 16,91%. No mês passado, cada consumidor inadimplente gaúcho possuía 2,237 dívidas em atraso. A faixa etária mais expressiva na participação dos devedores compreende pessoas de 30 a 39 anos, com 23,68%, índice que alcança 44,84% se incluídas devedores até os 49 anos. A participação por sexo é bem distribuída, com 51,38% de mulheres e 48,62% de homens.
NEGATIVAÇÕES
De acordo com o relatório, ainda, do total de negativações em maio, 85,07% foram de devedores reincidentes, ou seja, de consumidores que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses. Desses, 62,60% foram de consumidores que ainda não tinham pagado dívidas antigas até maio, enquanto o restante havia saído do cadastro de devedores nos últimos 12 meses, mas acabou retornando. Entre os reincidentes, depois de 2,3 meses (em média) do vencimento de uma dívida negativada, logo vence outra.
O que também está em baixa é a recuperação de crédito. O número de consumidores que deixaram os cadastros de inadimplentes por terem realizado o pagamento das suas dívidas em atraso caiu -15,04% entre maio de 2025 e maio de 2024. Essa queda se concentrou na diminuição da recuperação de consumidores que levaram até 90 dias (-20,59%) para efetuarem o pagamento de todas suas dívidas. Em maio, cada consumidor recuperado pagou, em média, R$ 2.586,38 na soma de todas as dívidas que possuía. Conforme os dados, 56,91% pagaram até R$ 500,00 nas dívidas que tinham.
