Descubra cinco mitos sobre a Geração Z no trabalho freelancer

Geração Z está redefinindo parâmetros no mercado - Foto: Freepik / CP

A Geração Z, formada por indivíduos nascidos entre 1995 e 2010, está redefinindo parâmetros no mercado, especialmente no universo freelancer. Nativos digitais, esses jovens priorizam propósito, flexibilidade, equilíbrio e inclusão.

No entanto, ainda existem muitas dúvidas e estereótipos relacionados aos seus hábitos e comportamentos no trabalho. Pensando nisso, Samyra Ramos, gerente de marketing da Higlobe, fintech de pagamentos cross-border entre EUA e profissionais brasileiros, ajuda a desvendar os cinco mitos mais comuns sobre a Geração Z no ambiente freelancer. Confira:

1. “A Geração Z não leva o trabalho freelancer a sério” – Ao contrário daqueles que só conhecem as modalidades de trabalho tradicionais, a Geração Z não vê o trabalho freelancer como um “bico”, ou algo temporário. Eles encaram essa modalidade como uma carreira séria, que oferece flexibilidade e autonomia. “Eles não estão fugindo do trabalho tradicional, mas buscando um modelo que se alinhe com seus valores e estilo de vida. O ‘freela’ permite que eles tenham controle sobre seu tempo e projetos, o que é extremamente valorizado”, explica Ramos.

2. “Eles não se comprometem com prazos e entregas” – A Geração Z pode ser pragmática em relação ao trabalho, mas isso não significa falta de compromisso ou descaso com os processos. São altamente focados em resultados e entendem a importância de cumprir prazos para manter uma boa reputação, mas não se prendem ao que pode ser ineficaz. É um grupo geracional que valoriza a transparência e a clareza nas expectativas; dessa forma, quando encontram clientes que respeitam seu trabalho e oferecem feedbacks construtivos, eles superam as expectativas.

3. “São preguiçosos e só querem trabalhar pouco” – Essa geração cresceu em um mundo hiperconectado e competitivo, o que os torna altamente focados e produtivos. Nesta modalidade de trabalho, eles priorizam a eficiência e a qualidade das entregas, e não a quantidade de horas dedicadas. “Não são preguiçosos. São práticos e buscam um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional. Isso os ajuda a evitar o burnout e a manter uma alta produtividade a longo prazo”, completa a especialista.

4. “Eles não sabem trabalhar de forma colaborativa” – A Gen Z é frequentemente acusada de ser individualista, mas a realidade é bem diferente. No trabalho freelancer, eles são colaborativos e valorizam a diversidade de ideias. Preferem projetos onde possam contribuir com suas habilidades únicas, mas também aprender com outros profissionais. Segundo Ramos, “ferramentas digitais e comunicação remota são essenciais para eles, e isso não diminui a eficácia do trabalho em equipe. Eles trazem uma visão fresca e inclusiva, buscando colaborações genuínas e produtivas”.

5. “Eles só pensam em dinheiro e cobram caro demais” – Embora valorizem uma remuneração justa, essa geração está mais preocupada com o significado e o valor do trabalho do que com ganhos financeiros imediatos. No contexto de freelance, eles buscam projetos que tenham um propósito claro e que permitam que eles façam a diferença.

Segundo o recente relatório da Deloitte, empresa de auditoria e consultoria, mostra que 75% dos jovens dessa geração preferem trabalhos flexíveis e alinhados aos seus valores, mesmo que paguem menos.