Porto Alegre registrou a maior desaceleração em 12 meses do indicador de aluguéis, diz FGV

Índice saiu de 10,40% em fevereiro para 6,77% em março

Foto: Freepik

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) de março de 2025 caiu 0,31%, desacelerando o movimento de alta registrado em fevereiro. Esse resultado contribuiu para reduzir a variação acumulada em 12 meses para 6,55% em março de 2025, considerando que em março do ano anterior os preços registraram alta de 1,06%. A variação acumulada em 12 meses, representou uma taxa 1,46 ponto percentual menor em relação aos 8,01% reportados em fevereiro de 2025.

A taxa interanual do aluguel residencial desacelerou em três das quatro cidades analisadas. Porto Alegre, dentre as capitais divulgadas, registrou a maior desaceleração em 12 meses, com o índice saindo de 10,40% em fevereiro para 6,77% em março de 2025. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 4, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV\Ibre).

“Desacelerações mais fortes em São Paulo e Porto Alegre influenciaram em grande proporção o IVAR em 12 meses em março. Apesar dos fatores macroeconômicos como taxas de juros elevadas e inflação em aceleração, que poderiam impactar os preços dos contratos novos e antigos, a dinâmica mais recente nessas cidades indica um movimento de reequilíbrio entre oferta e demanda.”, afirma Matheus Dias, economista do FGV IBRE.

Entre fevereiro e março de 2025, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) registrou quedas em duas das quatro capitais brasileiras. Em Belo Horizonte, o índice passou de 5,23% em fevereiro para 2,69% em março. Em São Paulo, o IVAR saiu de 2,83% em fevereiro para -0,29% em março. No Rio de Janeiro, o índice passou de 2,61% em fevereiro para 5,18% em março. Em Porto Alegre, houve manutenção da queda de preços dos aluguéis residenciais em relação ao mês anterior, com o índice saindo de -2,35% em fevereiro para -5,30% em março.

Em Belo Horizonte, também houve registro de desaceleração na taxa interanual, onde a taxa acumulada em 12 meses passou de 8,83% para 7,72%. Em São Paulo, entre fevereiro e março, a variação interanual passou de 6,03% para 5,05. A única capital a registrar aceleração em 12 meses, o Rio de Janeiro avançou de 6,39% em fevereiro para 6,57% em março.