A agenda do prefeito Sebastião Melo nesta quinta-feira incluiu visitas aos chefes do Executivo de Alvorada, Douglas Martello, além de Esteio, Felipe Costella, e Sapucaia do Sul, Volmir Rodrigues, a fim de, de acordo com a Prefeitura de Porto Alegre, trabalhar soluções conjuntas para resolver os problemas de superlotação nas emergências da Capital. Na sexta, as idas continuam em Gravataí e Cachoeirinha. Na semana passada, a conversa foi com o prefeito de Canoas, Airton Souza.
Nesta quinta, durante a Mesa do Pacto Alegre, na Capital, Melo reforçou a solicitação de uma agenda com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Conforme o novo dashboard da ocupação hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS), havia 21 pacientes moradores de outros municípios internados nos pronto atendimentos (PAs) de Porto Alegre, e a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) afirma não haver a devida contrarreferência estadual. A SMS diz ainda ter diagnosticado que os pacientes têm vindo de forma espontânea do interior antes de buscarem atendimento em seus municípios.
Melo e o titular da SMS, Fernando Ritter, estiveram em Brasília nesta semana para discutir o assunto junto ao governo federal. Antes, na segunda-feira, o prefeito havia se reunido com o governador Eduardo Leite no Centro Administrativo Municipal (CAM), com a saúde como a principal pauta. “A proposta trazida pelo governo do Estado está sendo analisada”, afirmou Melo, dizendo que um segundo encontro com Leite deverá ocorrer, mas, desta vez, no Palácio Piratini.
Nesta primeira reunião, o governo do Estado anunciou o repasse de R$ 16 milhões por meio do programa Assistir, o que deverá permitir à Prefeitura de Porto Alegre adequar duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) existentes e construir outras duas, além de propor a habilitação de 15 leitos de UTI do Hospital de Pronto Socorro (HPS), quase triplicando o aporte estadual, de R$ 3,6 milhões para R$ 9,9 milhões anuais, destinados ao atendimento de pacientes queimados.
“Vamos fazer uma contraproposta, mas o certo é que não temos como bancar UTI de queimados para o interior. A equação simplesmente não fecha, mas só há um caminho: diálogo e construção”, comentou Melo. Dados da Prefeitura dizem que cerca de 41% dos pacientes internados vêm de outros municípios. O Estado, por sua vez, diz quer aumentou em 72% os repasses de incentivos ao município, e que, por meio do Assistir, ampliou em R$ 54,9 milhões os recursos para os hospitais de Porto Alegre, além de outras ações.