As Forças de Defesa de Israel lançaram uma série de ataques contra a Faixa de Gaza na madrugada desta terça-feira (18), pelo horário local, noite de segunda-feira (17) no horário de Brasília. Essa é a primeira ofensiva de Israel na região desde o acordo de cessar-fogo iniciado em janeiro.
Em comunicado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu informou que os ataques vão ser crescentes até a libertação de todos os reféns israelenses em posse do grupo terrorista Hamas. “As Forças de Defesa de Israel (IDF) estão, neste momento, atacando alvos da organização terrorista Hamas em toda a Faixa de Gaza para alcançar os objetivos da guerra, conforme determinados pelo escalão político, incluindo a libertação de todos os nossos reféns, vivos e falecidos.”
A Defesa Civil de Gaza anunciou que ao menos 130 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. Segundo a “Al Jazeera”, a decisão de retomar os ataques foi tomada sábado (15) à noite durante uma sessão de consulta de segurança realizada por Netanyahu.
Em comunicado, a Casa Branca informou que o governo israelense consultou os Estados Unidos antes de realizar a operação. “O governo Trump e a Casa Branca foram consultados pelos israelenses sobre seus ataques em Gaza esta noite – e como o presidente Trump deixou claro, o Hamas, os Houthis, todos aqueles que buscam aterrorizar não apenas Israel, mas também os Estados Unidos da América, verão um preço a pagar. Um inferno vai desabar”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt em entrevista à Fox News americana.
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas começou em 19 de janeiro, após 15 meses de conflito. No entanto, ao terminar a primeira fase, em 1° de março, não houve um novo entendimento para continuar o processo de paz. O acordo previa três fases até chegar ao fim do conflito. Ao todo, estava prevista a liberação de 98 reféns israelenses em troca de 990 a 1.650 palestinos presos. Na primeira fase, foram liberados 33 israelenses e 95 palestinos.
No fim de semana, Netanyahu disse em comunicado para as equipes continuarem as negociações para a liberação de 11 reféns e metade dos reféns falecidos.