Estado zera a dívida do Caixa Único em 2024

Com o resultado, Tesouro do Estado não recorre mais aos resgates de aplicações de outros órgãos e entidades no sistema para cobrir as despesas

Foto: José Cruz / Agência Brasil

Em 2024, o Rio Grande do Sul zerou a dívida do Tesouro com o Sistema Integrado de Administração do Caixa (Siac), conhecido como Caixa Único. O resultado significa que o Tesouro do Estado não recorre mais aos resgates de aplicações de outros órgãos e entidades no sistema para cobrir as despesas de curto prazo, algo que, até poucos anos, fazia parte da realidade da gestão pública do Rio Grande do Sul devido às dificuldades financeiras e que chegou a um passivo de R$ 9,9 bilhões. O governador Eduardo Leite reafirma que essa mudança prova que as reformas e a gestão de caixa vêm surtindo efeito.

“O Rio Grande do Sul não só quitou a dívida com o Caixa Único como conseguiu avançar nos investimentos, está pagando em dia os salários dos servidores públicos e fornecedores, aplicando recursos em obras e programas essenciais para a população. Deixar de sacar recursos do Caixa Único é uma transformação que mostra o tamanho de todo o avanço conquistado, com apoio da Assembleia, Poderes e de toda a sociedade, pois desde os anos 90 os saques eram um dos péssimos reflexos do desequilíbrio financeiro, chegando a próximo de R$ 10 bilhões”.

ENTENDA O SISTEMA

Criado em 1991, o Caixa Único reúne mais de 400 contas correntes, incluindo as que pertencem aos Poderes e órgãos autônomos e demais órgãos e entidades do Estado, bem como aquelas destinadas a receber recursos de convênios e fundos do Poder Executivo.

O Siac é um sistema que reúne todos os saldos das contas cadastradas e centraliza em uma única aplicação financeira, que tem como objetivo centralizar e otimizar a administração dos valores disponíveis que serão aplicados pelo Banrisul, garantindo, assim, a melhor remuneração possível a todas as contas. Mas, no momento da aplicação, o Tesouro podia reter parte dos recursos que seriam aplicados e pagar despesas urgentes com esse dinheiro, ficando ele com a obrigação de quitar os valores utilizados e a devida remuneração – assim nascia a “dívida do Siac”.