A primeira sessão deliberativa do ano na Assembleia, nesta terça-feira, promete ser movimentada. Está na pauta do plenário o projeto, de autoria do Executivo, de reajuste de 6,27% do piso do magistério. Partidos da oposição à esquerda, o PT e PCdoB, que formam federação, apresentaram emenda estendendo o percentual de reajuste para aposentados, pensionistas e funcionários de escola.
A iniciativa, que tem vício de origem, já que os parlamentares não contam com a prerrogativa de gerar impactos para o Tesouro do Estado, não tem chance de passar, mas servirá para dar fôlego às manifestações e críticas dos deputados que irão se revezar na tribuna.
A sessão será acompanhada de perto, das galerias, que estarão lotadas de professores. O Cpers convocou manifestação, que terá início ainda pela manhã, às 9h, em frente ao Piratini. A Frente dos Servidores Públicos também reforçará o ato.
Entre as reivindicações do Cpers estão o pagamento integral do piso para inativos, há 11 anos sem reajuste, valorização salarial para funcionários de escolas, realização de concurso e reestruturação das escolas. Apesar da pressão da oposição e da categoria, o governo do Estado, pelo menos até o fim do dia de ontem, não trabalhava com margem para modificação do texto.
Uma das possibilidades será a apresentação de requerimento de preferência, ferramenta que viabiliza a votação prioritária da proposta, derrubando, paralelamente, as emendas apresentadas ao projeto.
A sessão de hoje à tarde será também a primeira deliberativa sob o comando de Pepe Vargas (PT), que assumiu a presidência da Assembleia no dia 3 deste mês, junto com os demais integrantes da mesa diretora da Casa.
