Bares e restaurantes querem faturar mais no Carnaval 2025, aponta Abrasel-RS

69% dos estabelecimentos do setor espera vender mais no período

Crédito: Elevate/Divulgação

Um percentual de 69% dos estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar espera um aumento no faturamento durante o Carnaval de 2025. Desses, 59% projetam um crescimento de até 20% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto 10% estima um incremento ainda maior, enquanto 22% acredita que o faturamento se manterá estável, e apenas 6% preveem queda. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel no RS), resultado de pesquisa feita entre os dias 13 e 21 de janeiro.

De acordo com Maria Fernanda Tartoni, presidente da Abrasel no RS, o otimismo do empresariado está ligado ao aumento do turismo. “Acreditamos que o otimismo se baseia na redução do desemprego e no crescimento do turismo pós enchente. O Carnaval é apenas o começo de um ano com diversas oportunidades para o setor, que deixa para trás um ano de dificuldades. O Carnaval é a preparação para um ano de crescimento contínuo e a dica é ajustar as finanças, atrair novos clientes e fortalecer os laços com os clientes habituais”, aconselha a Maria Fernanda.

CENÁRIO

Os dados da pesquisa também revelam que, em dezembro, 20% das empresas do setor operaram no prejuízo, enquanto 37% registraram lucro e 43% mantiveram estabilidade. Quanto ao endividamento, 18% dos estabelecimentos possuem dívidas em atraso. Entre os principais débitos, destacam-se impostos federais (79%), empréstimos bancários (58%) e impostos estaduais (47%). Outros compromissos pendentes incluem contas de serviços públicos como água, luz, gás e telefone (32%), débitos com fornecedores de insumos (26%) e aluguéis (26%). Além disso, encargos trabalhistas e previdenciários estão em atraso em 21% dos estabelecimentos.

O levantamento também apontou que 29% dos estabelecimentos não conseguiram reajustar seus preços nos últimos 12 meses, enquanto 65% realizaram ajustes em linha ou abaixo da inflação. Apenas 6% repassaram aumentos acima da inflação.