Presença de algas reforça efeitos da estiagem no Guaíba, entre Porto Alegre e Eldorado do Sul

Pescadores em Eldorado e Canoas também relatam dificuldades na realização da atividade

Nível do Rio Jacuí está mais baixo no bairro Sol Nascente, em Eldorado do Sul | Foto: Camila Cunha

O forte calor dos últimos dias trouxe algas a cursos d’água de diversos pontos do Rio Grande do Sul. Nesta semana, imagens feitas pelo satélite Sentinel-2, do Programa Copernicus, da Agência Espacial Europeia (ESA), e compiladas pela Plataforma de Mapas e Imagens de Satélite Soar, mostram uma extensa linha verde, caracterizando a presença delas, em pontos do Saco de Santa Cruz, extensão do Guaíba entre a Ilha da Pintada, em Porto Alegre, e os bairros Sol Nascente e Sans Souci, em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana. O mesmo foi visto em São Lourenço do Sul, no Sul gaúcho, na Lagoa dos Patos.

As imagens são referentes aos dias 2 e 4 de fevereiro. Nesta quarta-feira, a captação no rio Gravataí que não seja para o abastecimento humano foi novamente suspensa, já que a cota da medição da Corsan em Alvorada chegou a 1,29 metro, considerada situação crítica. De acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), a primeira suspensão ocorreu entre os últimos dias 29 e 30 de janeiro, porém o rio apresentou leve recuperação nos dias seguintes.

No Sol Nascente, o aposentado Antenor Pedro Machado ingressou na água cedo da manhã nesta quarta-feira, quando as temperaturas ainda não estavam tão altas, e capturou alguns lambaris para colocar em seu aquário, localizado no lado de fora da casa. “De vez em quando eu pego um peixinho aqui, mas agora está mais difícil”, contou ele, que teve a casa atingida pelas enchentes de maio de 2024 e passou dois meses em Tramandaí, na residência da ex-esposa, antes de retornar.