Em novembro de 2024, o volume de serviços do país caiu 0,9% frente a outubro. Esse recuo ocorreu um mês após o setor ter atingido o seu maior volume na série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que teve início em janeiro de 2011, e divulgada nesta quarta-feira, 15. Assim, o setor de serviços está 16,9% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). No Rio Grande do Sul houve recuo de 1,5% no mesmo período.
Duas das cinco atividades de serviços pesquisadas mostraram taxas negativas frente ao mês anterior: transportes (-2,7%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%). Por outro lado, as atividades de informação e comunicação (1,0%), outros serviços (1,8%) e serviços prestados às famílias (1,7%) mostraram avanços na comparação com outubro de 2024.
Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE observa que “a despeito da concentração setorial de taxas negativas, vários segmentos mostraram perda de receita nessas duas atividades, com recuos do transporte de cargas e de passageiros, no primeiro setor, e nas atividades jurídicas, em serviços de engenharia e consultoria em gestão empresarial, na última”.
Em relação a novembro de 2023, o setor de serviços cresceu 2,9%, seu oitavo resultado positivo nessa comparação. Essa alta foi acompanhada por quatro das cinco atividades e por 56,0% dos 166 serviços investigados. O principal impacto positivo nessa comparação veio de informação e comunicação (6,6%) e os demais avanços vieram dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,7%), dos serviços prestados às famílias (5,0%) e dos serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%).
A única influência negativa veio de outros serviços (-1,0%), devido à redução das receitas de serviços financeiros auxiliares, das atividades de apoio à agricultura e da coleta de resíduos não perigosos.
ACUMULADO DO ANO
O acumulado do ano, comparado a 2023, cresceu 3,2%, com taxas positivas em quatro das cinco atividades e em 61,4% dos 166 tipos de serviços abrangidos pela PMS. As contribuições positivas mais importantes vieram de dois setores. O primeiro, de informação e comunicação, cresceu 6,4% e foi impulsionado pelos segmentos de telecomunicações; portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; e desenvolvimento e licenciamento de softwares.
O segundo setor foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares, que cresceu 6,7% com contribuições dos segmentos de agenciamento de espaços de publicidade; atividades jurídicas; e intermediação de negócios por aplicativos ou plataformas de e-commerce. Outros avanços vieram dos serviços prestados às famílias (4,7%) e dos outros serviços (1,9%).
Rodrigo Lobo explica que “os serviços mostram o protagonismo do setor de Informação e Comunicação, que lidera tanto no segmento de telecomunicações (5,2%) como também nos serviços de tecnologia da informação (7,9%)”.