A Polícia Civil concedeu nesta sexta-feira mais uma entrevista coletiva sobre o envenenamento de um bolo que provocou três mortes em Torres, no Litoral Norte. Em sua manifestação, a delegada Sabrina Deffente relatou que a suspeita, Deise Moura dos Anjos, teria promovido outros envenenamentos de pessoas próximas, até de quem não tinha relação alguma com a família. “Essas suspeitas serão investigadas a partir de agora”, declarou.
Além disso, Deise teria buscado convencer a família a encaminhar a cremação do corpo do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que morreu três meses antes da série de envenenamentos. A ideia era cobrir os rastros do próprio crime.
“Não temos dúvida de que ela pesquisou o veneno. Buscou uma receita inodora e chegou em uma composição química que ela tenta montar. Ela faz isso, envenena a família. Morre o sogro e ela busca de todos os modos a cremação do corpo dele. Não conseguindo, ela tenta montar narrativas para encobrir o que aconteceu”, disse a delegada.
Conforme o delegado Marcos Veloso, responsável pela Delegacia de Torres, Deise não conseguiu cremar o corpo do sogro por conta da falta de uma assinatura de um médico. “Essa mulher não só matou quatro pessoas e tentou matar mais três, mas ela também realizou outras tentativas de homicídio”, afirmou.