No balanço do ano passado, as finanças foram um dos itens que mais deixaram a população do Sul insatisfeita: para 65% dos moradores da região, a situação do orçamento familiar e pessoal piorou ou ficou na mesma em 2024. Analisando somente os que disseram ter piorado a situação, as finanças foram disparadas o item de maior avaliação negativa: 26% dos entrevistados assinalaram que regrediram nessa área em 2024. Apenas a avaliação da saúde mental (20% de percepção de piora) se aproximou razoavelmente desse índice.
Esses são alguns dos resultados da última pesquisa RADAR FEBRABAN do ano, realizada em dezembro pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) para medir a percepção e expectativa da sociedade sobre a vida, aspectos da economia e prioridades para o país. Em compensação, como antídoto contra a grana curta, 64% dos sulistas acreditam que o acesso ao crédito para pessoas e empresas deve aumentar ou permanecer o mesmo (34% e 30%, respectivamente). Por outro lado, 29% têm a percepção de que esse acesso vai piorar, enquanto 8% não souberam ou não quiseram responder.
Para o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE, de modo geral, a avaliação de 2024 e as perspectivas para 2025 carregam sentimentos de cautela e otimismo, que refletem o que ocorreu ao longo de todo ano.
